Pela primeira vez desde 1988, o reitor da UFRGS não será o mais votado pela comunidade acadêmica. O interventor Carlos Bulhões, terceiro colocado na eleição, foi indicado por Bolsonaro para assumir a maior universidade do Sul do país.
A nomeação insulta a vontade expressa democraticamente por professores(as), funcionários(as) e estudantes, e reforça o caráter autoritário e obscurantista do governo, que confunde ciência com ideologia, Estado com governo e religião com política.
Esta é 15ª intervenção de Jair Bolsonaro em instituições federais de ensino superior. O saldo da experiência autoritária é amplamente negativo.
Na Universidade Federal do Ceará, o DCE não foi reconhecido pela gestão do reitor indicado, representantes dos estudantes não foram empossados e proliferam casos de perseguição contra trabalhadores(as).
As universidades públicas são ilhas de excelência e vetores de desenvolvimento para o país. A partidarização deste fator estratégico é mais um grave indício das pretensões ditatoriais de Bolsonaro.
O CPERS manifesta solidariedade à justa luta da comunidade acadêmica da UFRGS, que convoca ato público para esta quinta-feira, às 13h, na reitoria.