Por uma semana o Acampamento da Resistência em Defesa da Educação movimentou a praça da Matriz, em Porto Alegre. Foram dias intensos, de trabalho em conjunto e cobrança ao governo quanto ao descaso com a educação pública.
O piquete foi instalado na segunda-feira para dar visibilidade às causas dos(as) educadores(as) e lembrar o governador que a categoria espera respostas. Eduardo Leite foi eleito com promessas de diálogo e valorização de quem trabalha no chão da escola. Mas os(as) educadores(as) continuam com os salários atrasados há 42 meses e congelados por quase cinco anos.
Durante o encerramento da manifestação nesta sexta-feira, a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, agradeceu a participação de todos: “Quero agradecer imensamente a todos que estiveram desde de segunda-feira aqui neste acampamento que teve uma marca. Já participei de muitos acampamentos, mas com o alto astral que nós tivemos nessa semana eu nunca tinha visto. É importante lembrar, quem luta sem tristeza luta melhor”.
Pela manhã, após a realização do Conselho Geral do CPERS, a direção central e os conselheiros do Sindicato protocolaram na Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa uma proposta de emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) enviada pelo governo Eduardo Leite.
Na sequência, o Bailão do Parceladão foi comandado pelo grupo “Cantadores do Povo” que animaram o último almoço realizado na praça.
Candida Beatriz Rossetto, secretária-geral do CPERS, atuou na coordenação do acampamento e diz que a ação foi muito enriquecedora. “Foram dias de ricas experiências e vivências onde destacamos como um aspecto de grande aprendizado a experiência da auto-organização nas comissões dentro do grupo e o protagonismo que cada um e cada uma exerceu”, diz.
Assim como em outros dias, a manifestação se encerrou com um sinetaço de 4 minutos e 2 segundos para lembrar que queremos respostas do governo Eduardo Leite aos 42 meses de salários atrasados.
Helenir também deixou um alerta: “Nós não estamos encerrando este acampamento indefinidamente, agora nós temos que monitorar a emenda que foi protocolada ali na Assembleia e dependendo do caminhar nós voltaremos. Nós não estamos dando um tchau, somente um até breve”.
A realização do acampamento contribui também no fortalecimento das ações e movimentos necessários para a Greve Geral do dia 14 de junho. Por deliberação do Conselho Geral, educadores devem participar das atividades da greve em suas regiões para defender a aposentadoria. Mobilize-se!