A vida não pode parar: CPERS ingressa com ação contra campanha genocida de Bolsonaro


Texto e informações do Sintrajufe/RS

O CPERS, o Sintrajufe/RS e o Sindbancários ingressarão com ação judicial conjunta pela suspensão imediata da campanha em que o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) defende o isolamento vertical durante a pandemia do coronavírus.

Tratada como emergencial, e por isso sem licitação, a campanha “O Brasil não pode parar” tem custo estimado em R$ 4,8 milhões e pode significar a morte de milhares de brasileiras e brasileiros.

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A campanha, cuja peça principal é um vídeo, tem previsão de lançamento neste sábado (28), mas já circula em redes sociais e grupos de mensagens de apoiadores do governo.

Em pronunciamento em rede nacional, no dia 24, Bolsonaro havia defendido essa posição, o que contraria órgãos como a Organização Mundial de Saúde (OMS), infectologistas de todo o mundo e até o próprio Ministério da Saúde.

Nesta semana, verdadeiras carreatas da morte em diversas cidades, entre elas Porto Alegre, endossaram essas manifestações, colocando o “mercado” acima da vida e um número incontável de pessoas em risco.

Em defesa da vida, dos serviços públicos, do emprego e da renda

Em meio à pandemia, não há como voltar à “normalidade”. O isolamento vertical considera que devem ficar em casa apenas as pessoas dos grupos de risco, como idosos e portadores de doenças respiratórias. No entanto, pessoas fora desses grupos, mesmo sem adoecer, transmitem o coronavírus.

E muito rapidamente. Há relatos, também, de mortes de pessoas jovens e sem essas patologias. Portanto, o isolamento horizontal é necessário para evitar uma tragédia ainda maior.

Na Itália e na Espanha, sob o mesmo argumento de que “não podemos parar”, os governos desdenharam da gravidade da situação e, assim como está fazendo Bolsonaro, apostaram no isolamento vertical. O resultado são milhares de mortos, a ponto de não haver lugar para enterrá-los.

O que deve ser feito, neste momento, é garantir renda, garantir salários, fortalecer o serviço público, o atendimento à população, o sistema de saúde. Mas o governo e congressistas, como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao contrário, utilizam-se da crise de saúde para atacar ainda mais os servidores, propondo cortes de salários.

A campanha do governo desinforma e, por isso, coloca em risco real a saúde da população brasileira e pode levar milhares à morte. Não faltam exemplos de fora para mostrar o tamanho que a tragédia pode atingir, mas, para o governo, só importam os lucros dos grandes empresários. Não se pode colocar o mercado e o lucro acima da vida.

Cada vida importa.

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