O dia 8 de março é um marco na luta pelos direitos das mulheres em todo o mundo. Imagine só viajar no tempo e dizer para alguém, do começo do século XX, que as mulheres, hoje, têm direito ao voto, possuem média de escolaridade maior que a dos homens, estão inseridas amplamente no mercado de trabalho, governam países e nem sempre a maternidade e o casamento são questões prioritárias. Talvez ninguém acreditasse.
Avançamos muito, mas as mulheres ainda têm sobrecarga maior de trabalho doméstico, salários mais baixos para funções semelhantes, e ainda são vítimas de violências motivadas por gênero. O 8 de março pode ser um bom ponto de partida para inserir no seu planejamento algumas aulas para debater as questões de gênero. Trabalhar esta data nas escolas contribui na formação de cidadãos mais conscientes e capazes de mudar essa realidade.
Professoras e professores podem aproveitar a oportunidade para debater em sala de aula os direitos que já foram adquiridos pelas mulheres ao longo do tempo e refletir sobre o que ainda pode e precisa ser feito para criar oportunidades dignas a todas as cidadãs e cidadãos.
A diferença de tratamento entre homens e mulheres traz consequências práticas para a sociedade, que vão desde uma mulher receber menos do que um homem pela mesma função, passando pelas expectativas de aprendizagem diferentes para meninos e meninas na escola, até o feminicídio.
As escolas também podem aproveitar para discutir temas, repensando a formação de meninas e meninos, desassociando os universos culturalmente atribuídos a cada gênero, como profissões da área de exatas e atividades de força destinadas para meninos e atividades domésticas e profissões da área de humanas destinadas a meninas.
É importante lembrar que a desigualdade de gênero e os estereótipos associados ao que é ser homem ou mulher afetam meninas e meninos.
Falar da igualdade de gênero implica dar às meninas e aos meninos o mesmo espaço e direitos na sociedade.
Dialogue sobre a responsabilidade de todos para superar a desigualdade de gênero: o que é possível fazer na escola? Os estudantes enxergam desigualdades em quais situações? Por que tratamos meninos e meninas de jeitos diferentes? E o que tudo isso significa para a escola?
Vamos refletir e promover debates a respeito?!