No dia 14 de fevereiro, o CPERS reuniu-se novamente com o governo do Estado para exigir reajuste de 14,95% para TODOS(AS) os trabalhadores(as) da educação.
Na ocasião, o governador Eduardo Leite (PSDB) apresentou sua vergonhosa proposta, com índice abaixo do estabelecido pelo MEC e excluindo, mais uma vez, os funcionários(as) de escola e os aposentados(as) sem paridade.
O que percebe-se é que o atual governo não poupa esforços para manter na miséria aqueles que são imprescindíveis nas instituições de ensino.
Agentes educacionais estão sem reposição da inflação desde novembro de 2014, acumulam perdas salariais de 54,32% (INPC de nov/2014 até jan/23) e estão entre os servidores(as) de menor padrão salarial no estado. Se um salário básico de R$ 657,97 não sensibiliza o governador e a sua base aliada, nossa única alternativa é lutar – nas escolas, nas ruas e nas redes!
O governo pode, sim, pagar o reajuste de 14,95% para esta parcela da categoria, basta vontade política.
Leite constantemente apresenta um cenário de terra arrasada, afirmando que não existe outra alternativa, que as contas do Estado não permitem conceder o reajuste para todos(as), mas, esquece de mencionar o resultado positivo nas contas do Rio Grande do Sul em 2022.
Outro ponto que o governador insiste em deixar de fora se refere ao fato que o governo pode utilizar 100% do Fundeb para pagamento de toda a categoria e que o RS encerrou o último ano com um saldo bancário de R$ 431 milhões do Fundo. Então, por que não utilizar esse dinheiro?
Para o CPERS é urgente a construção de uma política salarial que tire os funcionários(as) da educação da miserabilidade em que se encontram. Chega de descaso!
Para valorizar a educação, não bastam escolas com prédios e instalações modernas, que, infelizmente, nem isso o governo consegue garantir, é preciso investir fortemente em quem faz a educação acontecer: os trabalhadores e trabalhadoras em educação.
Entenda a farsa dos 6% e a vergonha do completivo
A farsa do reajuste não é novidade na atual gestão. Eduardo Leite já tentou vender para a sociedade a ilusão dos 32% e, no último ano, funcionários(as) de escola também foram enganados e pagaram do próprio bolso o reajuste de 6% (revisão geral).
Em 2022, o governo concedeu este índice para todos os servidores(as) do Estado, contudo, para os funcionários e funcionárias, que recebem a parcela completiva, em nada mudou seus vencimentos.
A parcela em si é uma vergonha, visto que, servidores(as) que recebem o salário base atual de R$ 657,97 precisam do completivo para chegar ao valor do Salário Mínimo Regional para servidores(as) – R$ 1.419,86. Dos atuais 25 mil funcionários(as) de escola estaduais, cerca de 12 mil recebem o completivo, ou seja, estes servidores(as) não receberam nada de reajuste salarial.
Funcionários(as) de escola, que vivem com menos de um salário mínimo e fazem acrobacias para honrarem as contas no final do mês, muitas vezes sem conseguir pagar o básico para uma vida digna, são invisíveis para o governo; não para o CPERS.
Você, funcionário(a) da educação, venha com o Sindicato lutar por valorização e respeito. Dia 3 de março, participe da Assembleia Geral da categoria, a partir das 13h30, na Casa do Gaúcho, em Porto Alegre. Vamos juntos(as) exigir o índice de 14,95% para TODOS(AS).
A hora é agora! Contate o seu núcleo do CPERS e mobilize-se!
Saiba mais: cutt.ly/AssembleiaCPERS