A crise da educação é uma questão comum para muitas nações, mas existem soluções possíveis. É o que aponta o relatório The Global Status of Teachers 2024 – A Situação Global das(os) Professoras(es), em tradução livre -, da Education International, uma entidade presente em 180 países.
Para as(os) educadoras(es) brasileiras(os), os problemas trazidos pela pesquisa são familiares. Carência de professoras(es), censura, perseguição sindical, má remuneração, falta de condições de trabalho e falta de investimento na educação são algumas das adversidades apuradas em diversos países.
Apesar de essas dificuldades fazerem parte do cotidiano das(os) professoras(es), as soluções apontadas pela pesquisa ainda estão longe de se tornarem realidade, especialmente no contexto da educação gaúcha. No entanto, esses desafios representam pautas fundamentais de luta para o CPERS.
Os caminhos para o futuro são outros, indica o estudo
Sobre a valorização das(os) trabalhadoras(es) da educação, a pesquisa destaca que a combinação de melhoria salarial com políticas que garantam direitos é fundamental tanto para atrair quanto para reter essas(es) profissionais na área. O estudo também aborda a revisão de salários, uma pauta prioritária para o Sindicato, que tem mobilizado a categoria em diversas ocasiões, inclusive no final de 2024, e que continuará em discussão ao longo de 2025.
Na contramão do que vem sendo aplicado em diversas instâncias na educação brasileira, que aprova programas como o Escola Sem Partido, a pesquisa aponta que a defesa da liberdade de expressão das(os) educadoras(es) é fundamental para garantir a liberdade de expressão.
A sobrecarga de trabalho também é abordada pela Education International. Para a entidade, uma das soluções seria diminuir o tempo gasto por profissionais da educação com tarefas que não são diretamente educacionais, potencializando assim o ensino.
Garantir um ambiente escolar inclusivo, que respeite as diferenças de todas(os), além de reforçar a necessidade de maior investimento do poder público na educação, são pontos centrais abordados no documento.
Devemos escutar as(os) educadoras(es) para poder melhorar a educação
São educadoras e educadores que presenciam todos os dias os desafios do ensino. É por isso essas(es) trabalhadoras(es) devem ser ouvidas(os) quando debatemos direitos, mudanças e melhorias na educação.
Contrariando o discurso propagado por governos neoliberais, sindicatos como o CPERS são essenciais para a transformação do paradigma educacional. De acordo com a Education International, essas entidades deveriam ser ouvidas pelo poder público, o que, infelizmente, nem sempre ocorre em nossa realidade.
É por isso que o Sindicato jamais se calará quando o assunto for os direitos das(os) educadoras(es) do Rio Grande do Sul. Sabemos quais são os desafios que enfrentamos, mas também conhecemos os caminhos para superá-los. Por uma educação gaúcha de qualidade, pela valorização das(os) profissionais que dedicam suas vidas a construir o futuro, seguiremos firmes na luta.