Segue o impasse na Ocupação Lanceiros Negros


A fim de cumprir a reintegração de determinação da juíza Luciane Marcon Tomazelli, da 1ª Vara Cível do Foro Central, o Batalhão de Operações Especiais (BOP) da BM colocou barreiras bloqueando o trânsito na Rua dos Andradas entre as ruas General Bento Martins e Caldas Júnior. Por toda a madrugada, grupos contrários à reintegração estiveram fazendo uma vigília de apoio à ocupação. Eles são principalmente ligados ao Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB).
O governo do Estado expediu uma nota afirmando que, a pedido do Ministério Público, as famílias que hoje ocupam o Hotel Açores serão abrigadas temporariamente no Vida Centro Humanístico, na zona norte da Capital. Mas há um problema, o Centro tem capacidade para apenas 20 pessoas.
O cerco ao local começou por volta da meia noite através de aproximadamente 30 homens da BM.
Um pequeno grupo de apoiadores ligados ao MLB passou a noite em vigília. Às 5h30, um grupo maior saiu do Hotel Açores e o protesto cresceu, gritando palavras de ordem contra a ação. Pela manhã, chegaram  200 homens do BOE. O início da reintegração estava marcado para às 7h, quando começou uma reunião na Praça Brigadeiro Sampaio entre BM, MLB, Defensoria Pública, oficiais de justiça, Comissão de Direitos Humanos, vereadores e deputados estaduais.
Nesta reunião, o Coronel Jefferson Jacques, comandante do Policiamento da Capital, informou que a intenção era a de não repetir a violência da ocupação anterior, realizada em 14 de julho no prédio da esquina das ruas Gen. Câmara e Andrade Neves. Desta vez, seria tentada uma saída pacífica.
No entanto, esse processo ainda não começou porque as autoridades aguardam a chegada dos conselheiros tutelares necessários para acompanharem as muitas crianças da Lanceiros. Ele chagaram às 8h25.
A última informação, trazida pelos deputados Manuela D´Ávila (PCdoB) e Jeferson Fernandes (PT) é que eles estão pedindo que a Prefeitura, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social, ofereça 20 aluguéis sociais por seis meses para as famílias. Tal proposta surgiu após mediação das vereadoras Fernanda Melchionna (PSOL) e Sofia Cavedon (PT).
A Comissão formada entrou em negociações às 8h40 e é formado por Fasc, Dep. Jeferson Fernandes, BM, ouvidoria de segurança pública, oficiais de justiça, secretário de diligências do MP e advogados das partes.

 

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