Na primeira reunião do Conselho Geral do CPERS em 2025, realizada nesta sexta-feira (7), os novos gestores da entidade, eleitos para o triênio 2024-2027, encontraram-se pela primeira vez para debater e orientar as políticas e ações do Sindicato. A instância, que se reúne mensalmente, estabeleceu como foco central a organização de mobilizações contra os ataques do governo Eduardo Leite (PSDB) à educação pública e às(aos) servidoras(es) do Rio Grande do Sul.
Na abertura do encontro, a presidente do CPERS, Rosane Zan, destacou a importância da unidade e da mobilização permanente da categoria. “Para nós podermos avançar, nossa mobilização não se faz somente com os 21 membros da Direção Central, precisamos combater os ataques do governo Leite com muita luta, unidade e disposição. Se não fosse a pressão diária dessa categoria, com certeza nossa situação já seria bem pior”, afirmou.
Rosane ainda enfatizou a importância da representação sindical e do fortalecimento da luta coletiva. “É uma honra conduzir esse conselho lotado de representatividade e de pessoas que acreditam que a nossa luta faz a diferença. Vamos nos organizar para um grande ato no dia 18, para lutarmos por nossos direitos, independente das nossas diferenças”, concluiu.
Durante o encontro, foram definidas diversas ações para o próximo período, com destaque para a realização de um grande ato político, no dia 18 de fevereiro, para denunciar e repudiar o governo Leite (PSDB) pelo sistemático ataque à educação e às(aos) servidoras(es) públicas(os) do RS; e a intensificação da pressão sobre o governo do Estado para a inclusão das(os) funcionárias(os) de cargos em extinção no reenquadramento e para denunciar os impactos da parcela de irredutibilidade nos salários das(os) servidoras(es).
Outro importante ponto do encontro foi o debate sobre o início do ano letivo de 2025 e as condições das escolas estaduais para receber trabalhadoras(es) da educação e estudantes em meio a um evento climático extremo, com temperaturas recordes e sem a garantia de uma estrutura adequada para essa situação na maioria das escolas da rede estadual. Enquanto países ao redor do mundo, como Estados Unidos, Filipinas e nações europeias, suspendem aulas e atividades diante de temperaturas extremas, o Rio Grande do Sul continua abandonado à própria sorte.
Escolas sem ventilação adequada ou sistemas de climatização, transformam-se em verdadeiras armadilhas térmicas. Diante deste cenário, o CPERS exigirá ações imediatas do governo Leite (PSDB). As escolas que não possuem condições adequadas para enfrentar o calor extremo precisam ter a autonomia para liberar estudantes e servidoras(es) em dias de temperaturas insuportáveis.
Com a definição dessas e outras ações, o CPERS reafirma seu compromisso com a defesa da educação pública e dos direitos da categoria, mobilizando-se contra as políticas de desmonte do setor no Rio Grande do Sul.
>> Confira, abaixo, o conjunto das propostas aprovadas no Conselho Geral desta sexta (7):
- Realizar no dia 18/02 um grande ato político de denúncia e repúdio ao governo Leite (PSDB), pelo sistemático ataque à educação e aos servidores públicos do RS;
- Seguir a pressão no governo do Estado para que sejam incluídos no reenquadramento, os funcionários que estão nos cargos em extinção; denunciar que a parcela de irredutibilidade irá congelar os salários de muitos funcionárias(os) por muito tempo;
- Realização de visitas da Direção Central aos núcleos nos meses de fevereiro e março com a finalidade de mobilizar a categoria para uma grande Assembleia Geral no mês de abril, levando materiais que abordem as seguintes pautas: valorização salarial para toda categoria, contra as PPPs, em defesa do IPE Saúde com atendimento de qualidade em todas as regiões do estado, fim do desconto previdenciário das(os) aposentadas(os), emergência climática;
- Lançar no RS a campanha nacional da CNTE – NÃO VENDA MINHA ESCOLA;
- Participar da marcha do 08/03 – DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES;
- Realizar, no mínimo, uma atividade/ato todos os meses, exemplo: 06/02 – Vigília em frente ao Palácio Piratini para acompanhar reunião da direção com a Casa Civil; Marcha do 08/03; Assembleia Geral no início de abril, participação no 01/05; ato de forte denúncia sobre a ação da direção do IPE saúde que não está investindo na qualidade do atendimento às(aos) seguradas(os), participação da marcha a Brasília para pressionar o STF pelo fim do desconto previdenciário, entre outros;
- Participar da organização e mobilização da Conferência municipal, Estadual e Nacional da Saúde da(o)Trabalhadora(or) – incluindo a denúncia da situação;
- Participar da Campanha Nacional por Concursos Públicos da CNTE, que será lançada no dia 07/02 às 17h – cobrar do governo Eduardo Leite (PSDB).
Conselho Geral do CPERS Sindicato
07 de fevereiro de 2025.
>> Confira mais fotos do encontro: