Pressão dos educadores fez governo receber do CPERS a pauta de reivindicações da categoria


Na manhã desta quarta-feira (04), centenas de educadores de diversas regiões do Estado realizaram o Ato Público Estadual em Defesa da Escola Pública, convocado pelo CPERS. Após a concentração em frente ao Sindicato, professores e funcionários de escola seguiram em caminhada até o Palácio Piratini. No trajeto, destacaram à população as principais reivindicações da categoria, alertando sobre os riscos da terceirização nos serviços públicos, o descaso do governo com a educação pública, demonstrado através do fechamento de 43 escolas e 3081 turmas, até o momento, e do atraso contínuo dos salários da categoria. Neste mês, o 28º em que os educadores recebem com atraso, apenas 18% recebeu seus salários até agora.
Desde que Sartori assumiu o governo do Estado, os educadores tiveram 0% de reajuste. A defasagem do Piso Salarial Nacional da categoria já chega a 94,84%. “Os 22,73% são referentes à inflação que tivemos nos últimos quatro anos. Exigimos uma resposta do governo sobre isso. É lei. E não vamos desistir”, destacou a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.
Em frente ao Palácio Piratini, os educadores exigiram que o governo recebesse a Direção Central do Sindicato. Primeiramente, o governo respondeu que os representantes do Sindicato seriam recebidos na Secretaria da Educação – Seduc. A categoria não aceitou e pressionou, trancando o trânsito da rua lateral ao Palácio, até que o diretor geral da Casa Civil, Ademir Baretta, recebesse os diretores da entidade e representantes do Movimento Unificado dos Servidores Públicos – MUS. “O governo não queria nos atender, mas teve que voltar atrás e nos receber. Isso só foi possível devido a pressão que fizemos nesta praça. Demos um mais um passo hoje, ao entregar nossas reivindicações. Mas a nossa luta continua, precisamos armar a categoria para evitar a terceirização e para que não fiquemos mais um ano sem reajuste ou sem reposição salarial. Vamos continuar com nossas plenárias, atos de denúncia, debates e pressão em todo o Estado para dar ainda mais visibilidade a nossa pauta. Continuaremos atentos e cobrando a audiência com o governo”, afirmou Helenir.

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