Pela segunda vez em maio, os gaúchos se levantaram e, em alto e bom tom, deixaram claro que o estado não aceita as políticas de morte do governo Bolsonaro, que corta recursos da educação, ataca universidades e institutos federais, persegue educadores(as) e quer acabar com a aposentadoria dos(as) trabalhadores(as).
Em Porto Alegre, dezenas de milhares realizaram um ato histórico, apesar da chuva e do frio intensos. Pela manhã e à tarde, secundaristas mobilizaram comunidades escolares em instituições da periferia da capital, como os bairros e escolas Rubem Berta, Rafaela Remião e Restinga.
Às 17h, estudantes da UFRGS e de Institutos Federais concentraram-se na Faculdade de Educação da UFRGS. Após, encontraram-se com a multidão que aguardava o ato das 18h na Esquina Democrática. O CPERS participou da coordenação do ato, com a presença presidente Helenir Aguiar Schürer.
“O que estamos construindo nas ruas desde o dia 15 ficará para a história. É um levante que surpreende aqueles que pensavam que poderiam atropelar a população sem resistência. Mas é apenas o início. Resistência não se faz apenas em um ou dois dias. Resistência nós fazemos até a vitória”, afirmou, referindo-se à greve geral do dia 14 de junho.
Atos também foram registrados em dezenas de cidades do Rio Grande do Sul e em pelo menos 20 estados do país.