Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o CPERS, por meio do Departamento de Gênero e Diversidade, junta-se a todas as mulheres para celebrar conquistas, mas também para lutar por igualdade e contra a violência. Esta data, oficializada pela ONU em 1975, nasceu da coragem de mulheres que exigiram direitos trabalhistas, políticos e sociais. Hoje, é um símbolo de resistência, empoderamento e esperança.
Os números de 2024 trazem luz e sombra: os feminicídios caíram 5,1% no Brasil, com 1.128 casos até outubro. Essa queda é resultado de políticas públicas e da luta incansável de muitas. Mas o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024 nos lembra que o caminho ainda é longo: em 2023, os feminicídios cresceram 0,8%, atingindo o maior número desde 2015. Os estupros aumentaram 5,3%, a violência doméstica subiu 9,8% e o assédio sexual cresceu em 28,5%.
O Ligue 180 oferece apoio 24h às mulheres em situação de violência. E conquistas como a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio mostram que a luta traz frutos. Mas sabemos que a educação é a chave para transformar essa realidade. Mulheres com mais escolaridade rompem ciclos de violência, conquistam independência e inspiram futuras gerações.
Ainda assim, a desigualdade persiste. Nossas colegas da educação enfrentam duplas jornadas, salários baixos, assédio e violência dentro e fora das escolas. Segundo o Relatório Global da OIT, as mulheres ainda ganham 20% a menos que os homens para desempenhar as mesmas funções. Isso é inaceitável!
Além disso, a escala 6×1, que precariza as condições de trabalho, atinge especialmente as mulheres, que já carregam o peso das responsabilidades domésticas e do cuidado com a família. Já o negacionismo climático, que ignora os impactos das mudanças ambientais, afeta diretamente as mulheres mais pobres, que são as primeiras a sentir os efeitos da escassez de recursos naturais e dos desastres ambientais.
O Departamento de Gênero do CPERS reforça seu compromisso com a luta das mulheres trabalhadoras da educação e de toda a sociedade. Sabemos que só a união e a resistência coletiva podem mudar essa realidade. Exigimos do governo Eduardo Leite (PSDB) investimentos reais no ensino público, combate à violência e respeito aos direitos das mulheres. Uma sociedade justa só é possível quando todas as vozes são ouvidas e respeitadas!
Por isso, convocamos todas e todos a se somarem às manifestações, que ocorrem em todo o Brasil, em defesa da vida das mulheres, contra a extrema-direita, a precarização do trabalho e o negacionismo climático. Em Porto Alegre, a concentração será às 9h, no Largo Glênio Peres. Contate seu núcleo para mobilizar-se em sua cidade.
A luta não para. A esperança não morre. Juntas, seguiremos em frente, porque somos muitas, somos fortes, e não vamos recuar!