Relegadas(os) ao abandono por Eduardo Leite (PSD), as funcionárias e os funcionários de escola são igualmente essenciais para a oferta e a qualidade da educação pública tanto quanto professoras e professores. Para o CPERS, essas(es) trabalhadoras(es) importam, estão no centro das reivindicações do Sindicato e merecem o devido reconhecimento e respeito das comunidades escolares, da sociedade civil e das(os) governantes.
Com o intuito de fortalecer a luta das(os) educadoras(es) e agir como ferramenta de escuta, o CPERS está realizando plenárias em seus 42 núcleos para fortalecer a mobilização pela reposição salarial de 12,14%, por um IPE Saúde público e de qualidade, além de levar esclarecimentos sobre assédio moral no ambiente escolar e o Projeto de Lei 2531/2021, que define o Piso Salarial Profissional Nacional para as(os) funcionárias(os) do ensino básico.
Entre os dias 20 e 24 de maio, o Sindicato esteve em Santo Ângelo (9º), Carazinho (37º), Montenegro (5º), Santiago (29º), Bagé (17º), São Luiz Gonzaga (33º), Santa Maria (2º) e Cachoeira do Sul (4º) reunindo-se com a categoria.
Durante as plenárias, a presidente do CPERS, Rosane Zan, destacou a importância da unidade entre as(os) trabalhadoras(es) das escolas estaduais, nomeadas(os) e contratadas(os), da ativa e aposentadas(os), para enfrentar os desafios criados pelo governo Eduardo Leite (PSD).
“Além de levarmos informação para os funcionários de escola, temos feito também um processo de escuta dessa parcela da categoria que há algum tempo vem sendo lesada pelo governo Leite. São quase 11 anos sem nenhum tipo de reajuste e o governo ainda conseguiu criar uma divisão entre os trabalhadores ao reenquadrar uma parte e excluir outros. Chega de perdermos direitos, é preciso políticas concretas para avançar e, para isso, precisamos estar juntos na luta”, convocou a presidente.
De acordo com a diretora do CPERS e coordenadora do Departamento de Funcionárias(os) da entidade, Juçara Borges, parte fundamental da conversa com as(os) educadoras(es) tem sido a explicação das(os) advogadas(os) do Escritório Buchabqui e Pinheiro Machado, assessoria jurídica do Sindicato, sobre os confusos contracheques. “As plenárias estão sendo produtivas e muito bem recebidas nos núcleos. Os funcionários fazem perguntas e acolhem as contribuições do jurídico e da direção. Temos feito também avaliações políticas dos projetos para que entendam onde avançamos e onde perdemos”, conta a dirigente.
Às(aos) profissionais da educação, o diretor Leandro Wesz Parise, que também integra o Departamento de Funcionárias(os) de Escola do CPERS, reiterou que o objetivo das plenárias é mobilizar, organizar a classe e conquistar o que as(os) servidoras(es) de escola tanto almejam: dignidade salarial, fim do assédio moral, valorização e melhoria no IPE Saúde. “Vamos tratar das leis, do que nos atingiu, do que vem pela frente, do que ainda vamos fazer diante do que tem acontecido com nossa vida funcional e também encaminhar ações para que juntos possamos construir e efetivar”.
Também participaram dos encontros ao lado das direções dos núcleos o 1º vice-presidente do CPERS, Alex Saratt, as diretoras Vera Lessês, Sandra Régio e Sandra Silveira, e os diretores Celso Dalberto e Amauri da Rosa.
Encontros de troca, apoio e ação
Mais do que pagar baixíssimas remunerações, o estado do Rio Grande do Sul tem empurrado suas(eus) trabalhadoras(es) ao adoecimento, colocando-os no limite das suas condições físicas e emocionais. O funcionário de Manutenção e Infraestrutura da EEEM São Izidro, em São Nicolau (33º Núcleo), Orlando Alves Ferreira, soma 22 anos de serviço ao Estado, mas carrega diariamente consigo o desprezo e a indiferença do governo Leite.
“De uns anos para cá, temos sentido cada vez mais arrocho salarial, mais defasagem de nossos vencimentos e mais cobrança e exigência de carga horária. Nós não temos hoje previsibilidade nem de uma aposentadoria, nem quando você pode parar, organizar a tua vida”, desabafa.
Se antes as(os) servidoras(es) públicas(os) tinham estabilidade e garantia de direitos trabalhistas, hoje, são o retrato do esquecimento: “Temos sentido uma desvalorização com o trabalho que prestamos e dedicamos toda a nossa vida. Um terço, dois terços da nossa vida numa escola não é considerado, não é levado em conta”, relata Orlando.
É tarefa do Sindicato instrumentalizar a categoria para que o enfrentamento ao governo massacrante de Eduardo Leite (PSD) seja fortalecido e para que, juntas(os), possamos transformar a realidade de todas(os) as(os) educadoras(es) gaúchas(os). A luta é dura, mas não precisa ser triste, e é na coletividade que encontramos acolhimento, força e disposição para resistir!
>> Confira as datas das próximas plenárias e participe!
- 27/05 | terça-feira, às 16h – Caxias do Sul (1º Núcleo)
- 29/05 | quinta-feira, às 13h30 – Cruz Alta (11º Núcleo)
- 29/05 | quinta-feira, às 14h – Três de Maio (35º Núcleo)
- 29/05 | quinta-feira, às 16h – Uruguaiana (21º Núcleo)
- 30/05 | sexta-feira, às 13h45 – Palmeira das Missões (40º Núcleo)
- 30/05 | sexta-feira, às 14h – Três Passos (27º Núcleo)
- 31/05 | sábado, às 8h30 – Guaporé (3º Núcleo)
- 31/05 | sábado, às 14h – Camaquã (42º Núcleo)
> Confira, nos links, as fotos da primeira semana de Plenárias de Funcionárias(os) de Escola do CPERS: