O CPERS solidariza-se à justa luta dos servidores municipais de São Paulo, que estão em greve por tempo indeterminado desde o dia quatro. A paralisação reivindica a revogação da reforma da previdência municipal (Lei 17.020/18), promovida pelo prefeito Bruno Covas (PSDB), e repudia a ampliação do confisco salarial de 11% para 14%.
Além de desrespeitar os direitos do funcionalismo, o governo reage com violência as manifestações pacíficas dos servidores, que estão sem reajuste salarial há anos, o que leva a miserabilidade da categoria.
Além das agressões, o Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep) tem recebido denúncias de servidores que estão sendo coagidos por suas chefias a voltar ao trabalho, caso contrário seriam notificados por terem completado 15 dias de faltas injustificadas, como medida preparatória para processo administrativo. Ao perceber o crescimento da greve, o governo Covas atenta contra as leis e os direitos do funcionalismo. A greve é uma garantia constitucional, prevista no artigo 9º da Constituição Federal de 1988: “É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender”.
Portanto, ameaçar trabalhadores em greve com notificação de faltas injustificadas ou com qualquer medida disciplinar punitiva é desrespeitar, com abuso de poder, o direito de greve.
O CPERS coloca-se ao lado de cada servidor(a) do município de São Paulo na luta por respeito, valorização e dignidade!