Nota da direção do CPERS sobre a votação do pacote de Eduardo Leite


Foi aprovado, nesta segunda-feira (27), o requerimento da convocação extraordinária para votação do pacote de Eduardo Leite (PSDB) na Assembleia Legislativa. Na terça inicia-se a votação de cada projeto, a começar pela PEC 285. Não é mais possível a retirada da pauta.

Esta categoria é incansável. Frente a uma conjuntura terrível, cerrou fileiras na resistência, conquistou corações e mentes, desafiou a tirania de um governo que se pretendia imbatível e protagonizou uma das maiores greves do século XXI.

Com apoio massivo da sociedade, furamos o silêncio da mídia e abalamos as estruturas do estado. Essa aula de cidadania construiu as condições para frustrar os planos de Eduardo Leite, que pretendia aprovar todo o pacote em dezembro, sem qualquer alteração.

Agora, a luta deve se voltar à casa do povo. É preciso ter clareza da correlação de forças. Há a possibilidade real de reduzir as perdas e garantir que ao menos as medidas mais cruéis sejam eliminadas.

Ao contrário do Piratini, que não abriu espaço para ouvir a categoria, dialogamos com todas as bancadas.

Agradecemos o apoio incondicional dos deputados(as) de oposição (PDT, PSOL e PT), que sempre se posicionaram contrariamente ao pacote, e de deputados independentes que votaram contra o PLC 503, em dezembro (Capitão Macedo, PSL, e Rodrigo Maroni, PODE).

Na base governista, cabe saudar o MDB, cujas emendas corrigem algumas das principais injustiças apontadas pelo CPERS. Suas propostas, se aprovadas, criam as condições para assegurar reajuste a todo o Magistério a partir de 2021, dirimir o achatamento da carreira e amenizar as perdas, também, de funcionários(as) de escola e dos demais servidores(as).

Não há que se nutrir ilusões: a alternativa a estas emendas é a aprovação dos projetos sem novas alterações. É o fim das carreiras e a destruição dos serviços públicos.

Por isso, fazemos um apelo a todas as bancadas: que se somem à construção de soluções capazes de dar respostas ao clamor da sociedade e garantir mecanismos de valorização dos professores(as) e funcionários(as) de escola do Estado. Estamos abertos ao diálogo.

Reiteramos, por fim, a saudação à bravura de uma categoria que lutou e lutará heroicamente até o final. É preciso salvar a escola pública e o futuro de milhares de trabalhadores e milhões de gaúchos.

Seguiremos na luta, acampados na Praça da Matriz a partir das 9h desta terça-feira, e nas galerias da Assembleia, conscientes da nossa responsabilidade enquanto lideranças deste Sindicato e orgulhosos da categoria que representamos.

Avante educadores(as), de pé!

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