Não há vacina para a estupidez de Augusto Nunes


O CPERS/Sindicato vem a público repudiar o ataque covarde, desinformado e digno de asco de Augusto Nunes, pretenso jornalista, contra os professores(as) brasileiros.

Lamentamos que, à maneira de seus pares bolsonaristas, Nunes despreze o factual e seja pago para emitir opiniões completamente desconectadas da realidade. Isso não é jornalismo, é delinquência remunerada.

Mais do que uma afronta, a afirmação de que educadores(as) em greve sanitária estariam exaustos por “excesso de descanso” e que “insistem em continuar recebendo salários sem dar aulas” é um sintoma do alto grau de desinformação da sociedade sobre o ofício.

Os fatos: pesquisa desenvolvida pelo CPERS e o Dieese demonstrou que 98% dos professores(as) trabalharam mais do que prevê o contrato durante o período de aulas remotas. À pandemia do coronavírus somaram-se várias outras: de assédio, estresse, sobrecarga e adoecimento físico e mental.

Enquanto dobra o expediente e tira recursos do próprio bolso para pagar Internet e equipamentos, a categoria recebe um dos piores salários do mundo de acordo com a OCDE.

São Paulo viverá agora o quadro que enfrentamos no Rio Grande do Sul desde novembro. Eduardo Leite (PSDB) insistiu em abrir as escolas sem oferecer condições mínimas. Negou-se a realizar testes, atrasou EPIs e não propôs soluções para os graves problemas estruturais, financeiros e de recursos humanos da rede.

O resultado foi a contaminação e, em muitos casos, a morte de valorosos colegas.

Mas se não há vacina para o descaso de governantes ou para a estupidez de Augusto Nunes, graças à educação de qualidade e à pesquisa brasileira há vacina para a Covid-19. Nada mais justo que os educadores(as), lançados à linha de frente da exposição ao vírus, sejam também prioridade na fila da vacinação. Nossas vidas importam.

#VacinaJáParaOsEducadores!

Notícias relacionadas