Moção de repúdio ao governo Bolsonaro pelo escândalo de corrupção no MEC


O escândalo do beneficiamento de pastores, ligados à Bolsonaro (PL), no repasse de verbas para a educação pública deixa evidente, mais uma vez, a face deste governo corrupto e que privilegia aliados em troca de favores com fins eleitorais.

Logo após a imprensa divulgar os áudios do então ministro da Educação, Milton Ribeiro, em 22 de março, que afirmava que o governo privilegiava prefeituras, cujos pedidos de liberação de verba fossem negociados pelos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, o sindicato classificou o episódio como inaceitável.

Conforme decisão da Assembleia Geral da entidade, reforçamos nosso total repúdio as práticas inadmissíveis do governo Bolsonaro, que segue negociando com a bancada evangélica, em troca de apoio para sua reeleição. Ou seja, uma corrupção não só autorizada, mas incentivada pelo Palácio do Planalto.

O favorecimento explícito nos áudios, deixa claro que este governo afronta o princípio constitucional do estado laico, pois beneficia com recursos e cargos públicos um setor ligado a determinada religião e, assim, desfavorece o interesse público.

O CPERS repudia veementemente esta ação e lamenta profundamente que diante da crise generalizada que o país atravessa, recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que deveriam ser usados para a realização de obras de escolas, creches e aquisição de materiais, estejam sendo negociados em troca da reeleição do atual presidente.

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