Após quatro anos do crime bárbaro que vitimou João Alberto Freitas, espancado e morto no estacionamento do Hipermercado Carrefour, em Porto Alegre, a Justiça expediu um mandado de soltura para três dos seis acusados por sua morte, nesta segunda-feira (17).
Na decisão, a desembargadora justificou a medida pelo excesso de prazo da prisão preventiva, já que os três ainda não foram julgados desde o crime ocorrido em 19 de novembro de 2020.
O Coletivo de Igualdade Racial e Combate ao Racismo do CPERS vem a público repudiar essa decisão e reforçar que é urgente a realização do tribunal do júri para que os acusados respondam pelo crime que cometeram!
O sistema judiciário do Rio Grande do Sul precisa reverter essa decisão, dada a natureza extremamente violenta e ultrajante do crime, com registros em vídeo e diversas testemunhas. Não podemos aceitar que, após tanto tempo, os culpados ainda não tenham sido responsabilizados.
A morte de João Alberto Freitas chocou o país e expôs os traços do racismo estrutural tão presentes em nossa sociedade. A responsabilização dos culpados é essencial para transformar a realidade e combater a impunidade.
Pela prisão dos responsáveis, pelo combate ao racismo e pela igualdade racial: João Alberto Freitas, presente!