Juíza convoca audiência de conciliação entre CPERS e Estado sobre aulas presenciais


Em resposta à nova petição impetrada pelo CPERS e a AMPD na última quarta-feira, com vistas a suspender a retomada das aulas presenciais no estado, a juíza Cristina Luisa Marquesan da Silva convocou uma audiência de mediação entre as partes para a próxima segunda-feira (3), às 9h30.

Sem julgar o mérito do pedido de suspensão, o despacho não atende, nem nega, o solicitado.

A poucos dias do reinício das aulas presenciais, forçado pelo Estado à revelia do seu Comitê Científico e por meio de um decreto autoritário, a situação é alarmante.

Não há notícias de qualquer plano de adequação da rede estadual à nova fase da pandemia. Os EPIs distribuídos são os mesmos do ano passado, incluindo máscaras de baixa qualidade.

Tampouco houve qualquer investimento estrutural, nem existe qualquer sinal de estratégia de monitoramento, rastreamento e testagem da comunidade escolar. No plano pedagógico e sanitário, a situação é caótica.

Vacinas continuam fora do horizonte, apesar de diversos estados e municípios que conseguiram adiantar a imunização de educadores(as).

Derrotado na Justiça, Eduardo Leite (PSDB) mudou as regras do jogo por conveniência política, afrontou o Judiciário e abandonou qualquer verniz de embasamento científico.

Mudar a cor do mapa não trará vacinas, nem reduzirá a gravidade da pandemia. Mas aprofundará a crise sanitária e colocará mais vidas em risco. O Sistema de Distanciamento Controlado foi jogado no lixo no momento mais crítico da pandemia.

Na próxima segunda-feira (3), a Assembleia Geral do CPERS definirá os próximos passos da luta em defesa da vida e por vacinas já.

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