Após aprovar o texto base da Reforma da Previdência, na noite desta quarta-feira (10), o presidente da Câmara – Rodrigo Maia (DEM) – realizou uma manobra desleal para impedir que professores(as) fossem retirados(as) da Reforma da Previdência.
Ao perceber que o destaque que manteria as regras atuais da aposentadoria seria aprovado, Maia encerrou a votação da proposta antes que o conjunto dos deputados voltasse ao Plenário. O destaque necessitava de 308 votos a favor. Com a ausência de 61 deputados, a medida terminou rejeitada apesar de receber 265 votos favoráveis a 184 contrários.
Caso a Reforma seja aprovada nas próximas instâncias, a idade mínima exigida para a aposentadoria passará de 50 para 57 anos para professoras e de 55 para 60 anos para professores. A PEC acaba com a aposentadoria especial do magistério, ignorando as condições de insalubridade da profissão.
O CPERS, apesar de representar educadores(as) da rede pública, sempre defendeu a derrubada integral do texto. É preferível rejeitar o texto em sua integralidade a propor mudanças parciais que jogam trabalhador contra trabalhador e fracionam a resistência. A rejeição do destaque é apenas mais um indicativo da crueldade do governo e sua base no Congresso.
Nesta sexta (12), a categoria está convocada a se somar ao Dia Nacional de Luta contra a Reforma da Previdência. Em Porto Alegre, o ato será realizado às 18h na Esquina Democrática.
Deputados gaúchos que votaram contra os(as) professores(as):
Alceu Moreira – MDB
Bibo Nunes – PSL
Carlos Gomes – PRB
Daniel Trzeciak – PSDB
Darcísio Perondi – MDB
Giovani Feltes – MDB
Jerônimo Goergen – PP
Lucas Redecker – PSDB
Marcel van Hattem – Novo
Márcio Biolchi- MDB
Maurício Dziedricki – PTB
Nereu Crispim – PSL
Pedro Westphalen – PP
Santini – PTB
Deputados(as) gaúchos(as) que votaram contra a aposentadoria de todos(as) os(as) trabalhadores(as):