O CPERS, por meio do Departamento de Gênero e Diversidade, expressa veementemente repúdio e indignação diante do terrível caso de estupro ocorrido na noite do último sábado (29), em Belo Horizonte, onde uma jovem de 22 anos foi vítima do crime hediondo.
Diante desta triste realidade, é imperativo que manifestemos nossa repulsa a esse ato de violência brutal, que desrespeita a integridade, a dignidade e a liberdade da mulher, violando seus direitos fundamentais e colocando em xeque a segurança de todas, em espaços públicos e privados.
Os dados não negam que este assunto deve ser amplamente debatido e combatido em todos os campos político, jurídico e social.
De acordo com levantamentos apresentados pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em relação aos casos de agressão sexual envolvendo indivíduos não considerados vulneráveis, observou-se um aumento de 7% entre os anos de 2021 e 2022. No ano anterior, foram registradas 16.837 vítimas em todo o Brasil, enquanto em 2022, o número saltou para 18.110.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou um estudo que aponta a ocorrência de 19.393 casos de estupro em maiores de 18 anos no Rio Grande do Sul anualmente. A pesquisa estima que o número real de registros no estado seja 30 vezes maior do que os casos oficialmente denunciados ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde.
O CPERS ressalta a importância de intensificar as campanhas de conscientização e educação contra a cultura do estupro e quaisquer formas de violência de gênero.
É fundamental que haja um esforço conjunto da sociedade, instituições governamentais e organizações civis para erradicar o machismo e a misoginia, promovendo o respeito e a igualdade de gênero em todas as esferas da sociedade.
Neste momento de dor e tristeza, solidarizamo-nos com a vítima e seus familiares. Nos comprometemos, ainda, a fortalecer nosso engajamento na luta contra a violência de gênero e a buscar a construção de um mundo mais justo, seguro e igualitário para todas.
É urgente que a sociedade se una em busca de um futuro em que todos(as) possam viver sem medo, onde a empatia e o respeito prevaleçam, e onde não haja espaço para a perpetuação de crimes tão abomináveis como o ocorrido em Belo Horizonte.