Na última terça-feira (18), o Movimento de Direções das Escolas de Cachoeirinha, Gravataí e Viamão entregou na 28ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) um documento que reitera a falta de diálogo e irresponsabilidade da proposta do governo Eduardo Leite (PSDB) de retorno às aulas presenciais no momento mais crítico da pandemia.
O documento, assinado por mais 20 instituições, informa que as direções das escolas não irão responsabilizar-se pela insensatez do governo Leite e assinar um Plano de Contingência para Prevenção, Monitoramento e Controle da Transmissão da Covid-19, quando não há condições de cumpri-lo.
O registro também denuncia a precariedade das escolas estaduais que sofrem diariamente com falta de professores, extinção de cargos e readequação anual das necessidades de Recursos Humanos conforme tabela corrigida anualmente pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc), reafirmando que dispor de profissionais para executar o plano de contingência seria impossível, além das Equipes Diretivas não terem formação na área da saúde para organização dos COEs para orientar, treinar e fiscalizar a equipe.
O material também questiona a aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), materiais de higiene e limpeza, informando impossibilidade de adquirir todos os itens solicitados no plano com a verba que as escolas recebem e destacando que o recurso já atrasa em tempos normais e é insuficiente para as necessidades diárias das instituições.
O documento reafirma que as direções escolares não estão de acordo com o retorno das aulas nos próximos meses, critica veementemente o modelo híbrido imposto pela Seduc, e destaca que as escolas não vão colocar em risco a integridade e saúde física das comunidades escolares.
Veja aqui o documento entregue na 28ª CRE