A greve dos educadores, iniciada nesta segunda-feira (18), em repúdio ao pacote desumano do governo Eduardo Leite, que ataca brutalmente direitos históricos da categoria, recebe, a todo momento, manifestações de apoio.
Entidades representativas do funcionalismo público gaúcho, que também serão atingidas pelos projetos do Executivo e que compõem a Frente dos Servidores Públicos, universidades federais e sindicatos de professores municipais são algumas das que enviaram manifestações de solidariedade ao magistério púbico estadual.
Já no primeiro dia de greve, os 42 núcleos do CPERS contabilizaram a adesão de milhares de educadores. A tendência é a de que nos próximos dias a paralisação cresça ainda mais fazendo com que se consolide como uma das maiores greves da trajetória de lutas do sindicato.
O CPERS agradece a todas as importantes manifestações de apoio que vem recebendo, pois elas são fundamentais para fortalecer a justa luta contra o desmonte da escola pública e os direitos dos educadores gaúchos
NOTA DO DCE-UFSM EM APOIO À GREVE DO MAGISTÉRIO ESTADUAL DO RS
Na última quinta-feira (14), em Assembleia da categoria docente do estado do Rio Grande do Sul, as professoras e os professores estaduais decidiram paralisar suas atividades contra o novo pacote de maldades protocolado pelo governador Eduardo Leite.
O pacote de Leite desmonta o funcionalismo público do estado, atacando, especialmente, a categoria docente, somando forças com o atraso e congelamento salarial. Nossos professores e nossas professoras não aguentam mais!
Por isso, a partir desta segunda-feira (18), a resposta da categoria é GREVE! Uma ferramenta fundamental para a conquista e garantia de direitos básicos da classe trabalhadora.
Todo nosso apoio ao magistério estadual do Rio Grande do Sul que recebe parcelado há 5 anos e sofre com as políticas de desmonte do funcionalismo público estadual!
Se Leite quer guerra,
Ele terá GREVE!
Ceprolsindicato
Nossos colegas professores do Estado do RS merecem nosso total apoio! Segue, de forma sintética, os ataques reunidos no pacote de propostas de Eduardo Leite. Confira:
Professores(as)
-Fim do Plano de Carreira;
-Reajuste ZERO por tempo indeterminado;
-Todas as gratificações e vantagens passam a integrar o básico do nível/classe correspondente;
-Criação de parcela autônoma com a “sobra” das vantagens acima do básico. Este valor não será reajustado;
-Fim das vantagens temporais (triênios, quinquênios e avanços);
-Fim da incorporação de gratificações para a aposentadoria;
-Aumento da contribuição para a aposentadoria;
-Aumento do tempo de contribuição e redução dos proventos conforme Reforma da Previdência nacional;
-Redução das férias remuneradas para 30 dias;
-Difícil acesso apenas para escolas do campo;
-Redução da gratificação de permanência de 50% para 10%;
-Fim do abono de falta para participação em atividades sindicais;
-Redução nos adicionais de unidocência, classe especial e penosidade;
-Fim das convocações e substituição por contratos.
Funcionários de escola (alterações na Lei 10.098);
-Fim das vantagens temporais (triênios e quinquênios);
-Fim da incorporação de gratificações para a aposentadoria (como as de direção e insalubridade);
-Aumento do tempo de contribuição e redução dos proventos conforme Reforma da Previdência nacional;
-Aumento da contribuição para a aposentadoria;
-Difícil acesso apenas para escolas do campo;
-Redução ou extinção do abono permanência;
-Fim do abono de falta para participação em atividades sindicais;
-Reajuste ZERO por tempo indeterminado.
Aposentados(as);
-Quem recebe a partir de um salário mínimo passará a contribuir com alíquotas que chegam até a 16,32% do salário;
-Professores(as) aposentados também terão todas as gratificações e vantagens integradas ao básico. Qualquer valor acima do piso do nível/classe correspondente será transformado em parcela autônoma que não sofrerá reajustes;
-Reajuste ZERO por tempo indeterminado
Contratados(as):
-Como a referência de hora-aula é o salário do concursado, os contratados(as) também terão os salários congelados por tempo indeterminado;
-Legaliza a demissão de contratados em licença-saúde;
-Exclui o segmento das regras relativas à licença-saúde, gestante, adotante e paternidade com remuneração;
-Retirada dos contratados o direito ao abono família, mesmo se enquadrados na nova faixa de renda.
SINDJUS:
Começa nesta segunda-feira (18) a greve dos professores decretada na Assembleia Geral do CPERS, na última quinta, 14.
O Sindjus-RS, com as demais entidades que compõem a Frente dos Servidores Públicos, participou do grande Ato conjunto do funcionalismo nas ruas da capital, culminando na Praça da Matriz. Os educadores gaúchos, com baixíssima remuneração e salários parcelados e congelados há meses, serão os maiores prejudicados por esse pacote nefasto. Além de mudanças drásticas no plano de carreira do magistério, conquista histórica da categoria, os professores serão impactados por modificações para todo o funcionalismo, como o fim dos adicionais por tempo de serviço e o corte da incorporação de gratificações na aposentadoria.
O governo Leite projeta uma economia de R$ 17 bilhões em 10 anos com esse pacote. Ao mesmo tempo, temas como a dívida pública ilegal e inconstitucional e as isenções fiscais bilionárias que não geram desenvolvimento econômico para o Estado seguem inalteradas. É evidente que verdadeiro privilegiado não é o servidor público, que tem sido visto como o vilão pelos governos. Mas seguiremos na luta e na resistência contra essa série de ataques sem precedentes. Fizemos 52 dias de greve no Judiciário e saímos vitoriosos desse grande movimento. Seguimos mobilizados para lutar contra os projetos que visam acabar com os direitos dos servidores públicos e precarizar ainda mais o serviço público prestado sobretudo à população que mais necessita do estado.
“O professor é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo!”
Seção Sindical ANDES/UFRGS
A Seção sindical do ANDES-SN na UFRGS se solidariza com os(as) professores(as) do magistério público estadual que hoje entram em greve. As(os) docentes estaduais trabalham sob as mais diversas situações, mesmo tendo seu salário parcelado há 47 meses.
Agora, na véspera do final do ano letivo, o governador Eduardo Leite apresenta um pacote que retira direitos da carreira docente. Ainda, na proposta do governo, serão os educadores os mais prejudicados. Não é justo, nem necessário que os docentes paguem as contas das sonegações e incentivos fiscais.
Em defesa da educação pública!
Diretoria da Seção Sindical da ANDES-SN na UFRGS