Na abertura do Conselho Geral realizado na manhã desta sexta-feira (10), os(as) conselheiros(as) acompanharam a apresentação do monólogo Hermes do Brasil, apresentado pelo secretário de escola e ator Vânius Rocha. Os duros tempos da ditadura militar foram representados e o impacto da apresentação levou o púbico a refletir sobre a realidade atual, que cada vez mais se aproxima dos anos de repressão do regime militar.
“A arte vivenciada aqui hoje, através do teatro, é essencial para a conscientização sobre o momento que estamos vivendo e deixa ainda mais evidente a importância da nossa luta para impedir que os ataques contra os nossos direitos avancem”, observou a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.
Logo após a apresentação, Helenir chamou a atenção para situações como a militarização nas escolas, que avança em muitos estados, e a municipalização. Relatou que em Porto Alegre já circula uma propaganda enganosa sobre uma escola modelo, desconstituindo a profissão dos(as) educadores(as) no momento em que propõe substituí-los por mentores. O preocupante e inadmissível corte de verbas das universidades federais também foi destacado pela presidente do Sindicato.
“Temos diversas universidades públicas em nosso Estado e não deixaremos nenhuma sozinha. Estamos construindo uma grande aliança em defesa da educação pública, em todos os níveis. Precisamos fazer uma grande Greve Nacional da Educação no dia 15. Será preciso muita luta e resistência de todos nós professores, funcionários, pais e estudantes. Mais do que nunca, é preciso coragem. Nossa luta é muito maior que uma falta. Não vamos recuar. Vamos construir uma forte greve geral”, afirmou.
Confira as mobilizações aprovadas:
- O Conselho Geral do CPERS/Sindicato conclama os Trabalhadores em Educação para esta luta fundamental, estratégica para a sociedade com o mínimo de acesso ao conhecimento e aos direitos sociais. Dia 15 de maio – Greve Nacional da Educação “Contra a Reforma da Previdência e em Defesa da Escola Pública”. As atividades e/ou atos acontecerão na CAPITAL e nos NÚCLEOS que tenham, na sua base, presença de Universidades Públicas e/ou IFS (Institutos Federais de Ensino). As atividades devem ser articuladas com o movimento estudantil e as redes municipal e federal. Existe uma proposta sendo construída para a CAPITAL com a seguinte programação:
- 13h – Concentração em frente ao IE (Instituto de Educação); Abraço no Instituto de Educação e UFRGS; Caminhada passando pelos IFs (Institutos Federais), INSS e Esquina Democrática;
- No interior do Estado, realizar o abraço em escola pública como símbolo de defesa da educação pública;
- Articulação e participação nas Audiências Públicas chamadas pela Comissão Estadual da Previdência Pública da ALERGS e Frente em Defesa da Previdência Pública, Contra a Reforma da Previdência;
- Criação de Comitês em Defesa dos(as) Contratados(as) e do Concurso Público com o objetivo de pressionar o governo na realização de concurso público para os(as) trabalhadores(as) em educação, tratamento igualitário e respeito aos seus direitos. Até o final de maio, cada Núcleo deve efetivar a instalação do Comitê, cuja tarefa inicial será a elaboração de um diagnóstico com dados quantitativos e situação dos(as) contratados(as);
- Dia 14 de junho – Greve Geral da Classe Trabalhadora, chamada pelas Centrais Sindicais e Movimentos Sociais;
- Exigência do Governo no preenchimento imediato de todas as vagas existentes nas escolas, conforme levantamento da Seduc, publicado no ZH;
- Paralisação no dia 03 de junho, conforme aprovado em Assembleia Geral, em função do não pagamento do salário no último dia do mês;
- Mobilização massiva dos Núcleos da Região Metropolitana, no dia 13 de maio, para acompanhar a audiência com o Governo, às 14h, no CAFF (Centro Administrativo Fernando Ferrari, em Porto Alegre);
- Elaboração de uma carta dirigida aos pais e a comunidade escolar para apoiarem e juntarem-se à Greve Geral, dia 14 de junho de 2019;
- Orientação aos servidores para não utilizar seu celular pessoal e sua internet para a implementação do aplicativo do diário de classes;
- Participação nas Atividades da CNTE para barrar a Reforma da Previdência:
- Realizar mobilização de pressão aos(às) deputados(as) nos aeroportos nas 3ª feiras e 5ª feiras;
- Nas 6ª feiras, sábados, domingos e 2ª feiras: pressão aos(às) deputados(as) na sua base (casa, festas, igrejas), com acampamento nas casas (café, almoço comunitário). Acompanhar as agendas dos deputados nas regiões;
- De 20 a 24 de maio – Semana do cálculo da aposentadoria com os pais, alunos e a comunidade;
- Dia 31 de maio – Debate na Escola: Cortes na Educação e Reforma da Previdência;
- De 02 a 09 de junho – Semana Mundial da Educação com debate nas escolas Rumo à Greve Geral;
- De 14 a 26 de junho – Aproveitar as Festas Juninas para debater os temas: Reforma da Previdência e Cortes na Educação;
- Greve no dia da votação da Reforma da Previdência na Comissão Especial, divulgando em painéis os votos dos deputados ao vivo nas praças e nos espaços públicos.