Porto Alegre
Centenas de educadores, alunos e comunidade escolar atenderam ao chamado do CPERS e participaram de atos por todo o Estado para denunciar o desrespeito do governo Sartori (PMDB) com professores, funcionários de escola e a qualidade da educação pública gaúcha. Para chamar a atenção da sociedade, foram realizados trancamento de várias rodovias, ruas e avenidas em várias regiões do Rio Grande do Sul.
O objetivo dos atos e mobilizações realizados hoje foi o de demonstrar o repúdio dos educadores, pais, alunos e toda a comunidade escolar à destruição da Educação Pública, ao parcelamento, equivalente ao mês de março, dos salários dos professores e funcionários de escola, em defesa do pagamento do Piso Salarial do Magistério e para exigir a apresentação de um calendário de reposição salarial, já solicitado na pauta de reivindicações entregue ao governo no dia 18 de março, quando foi realizada a Assembleia Geral do CPERS.
Em Porto Alegre, pela manhã sobre a organização do 39º Núcleo, professores e alunos de várias escolas da capital reuniram-se às 10h no Colégio Estadual Protásio Alves. Com cartazes, faixas e bandeiras, alunos e professores seguiram em caminhada até o Colégio Estadual Júlio de Castilhos. Durante o trajeto, duas das principais avenidas da capital, a João Pessoa e a Ipiranga, foram trancadas parcialmente.
Alunos pedem respeito e valorização dos professores
Os alunos das escolas participantes carregavam cartazes com frases como: Pague o meu professor, Mexeu com o meu professor mexeu comigo, Queremos uma Educação de Qualidade, Cadê as verbas para a Educação?
A estudante e secretária-geral do Grêmio Estudantil do Colégio Júlio de Castilhos, Barbara Vuelma, relatou ser a favor das mobilizações e que também apoiará a greve dos educadores. “Nossos professores não podem estar sozinhos na greve, nós alunos temos que estar com eles e apoiar, pois a qualidade da educação pública passa pela valorização dos educadores”, afirmou.
Para o estudante e presidente do Grêmio Estudantil da Escola Estadual Coronel Afonso Emilio Massot, Marcos Anderson, mesmo sentindo-se desestimulados com o atraso dos salários, os professores seguem trabalhando com dedicação. “Como os professores vão estar bem dentro da sala de aula, se estão com alugueis e contas atrasadas? Mesmo assim, eles continuam e se dedicam. O governador Sartori, deveria se informar mais para saber que é dentro da sala de aula que se forma um cidadão. Parece que ele nunca esteve dentro de uma sala de aula”, defendeu.
Descaso com a educação é denunciado por todo o Estado
A mobilização também foi forte pelo interior do Estado. Seguindo a orientação dos Núcleos do CPERS, educadores e comunidade escolar foram às ruas e realizaram trancamento de rodovias, ruas e avenida, bandeiraços e caminhadas. Na maioria dos trancamentos feitos em todas regiões do Estado, foram com o tempo 8.13 minutos esse número simboliza o percentual de 8,13% de reajuste concedido pelo governo ao Judiciário.
“Em diversos pontos do Estado a categoria foi para a rua denunciar o descaso do Governo Sartori (PMDB) com a educação: falta de merenda, atraso de 5 meses dos recursos da escola, parcelamento de salários, terrorismo sobre o 13° e ainda ameaça em atacar o Plano de Carreira! Sartori, inimigo número um da educação e das Políticas Públicas!”, avaliou a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Shürer.
Acompanhe abaixo algumas das mobilizações realizadas:
-Caxias do Sul: trancamento da Perimetral Bruno Segalla, no cruzamento da Av. Bom Pastor;
-Montenegro: Mobilização na Praça Central da cidade;
-Rio Grande: Mobilização no Pórtico de entrada da cidade, na Av. Presidente Vargas;
-Passo Fundo: Fechamento de rodovias pela manhã e concentração às 10h na Avenida Brasil, no Centro da cidade. Participaram deste ato, junto aos educadores, os funcionários das empresas de Ônibus Urbano em protesto por mais segurança. À tarde foi realizada plenária do II ENE, no 7º Núcleo do CPERS, sobre o tema Gestão Democrática;
-Estrela: trancamento das vias Centrais de Lajeado;
-Uruguaiana: concentração em frente à Igreja Nossa Senhora do Carmo e caminhada até a Ponte Internacional que liga as cidades de Uruguaiana e Paso de Los Libres;
-Lagoa Vermelha: distribuição de materiais informativos sobre o descaso do governo com os educadores, no Centro da cidade;
-Vacaria: trancamento das BRs 285 e 116;
-Ijuí: Durante duas horas pela manhã os educadores trancaram a BR 285, no trevo Hospital Bom Pastor, por 8.13 minutos. Também foram entregues materiais explicando os motivos das reivindicações.
-Palmeira das Missões: trancamento do trevo Norte de Palmeira das Missões;
-São Gabriel: Houve redução de horário em todas as escolas e uma Plenária às 16 horas com os educadores
-38º Porto Alegre: trancamento pela manhã do Eixo Baltazar de Oliveira Garcia / Av. Antônio de Carvalho (Escola Alcides Cunha), em frente à escola Rio Grande do Sul e atividade na Ilha da Pintada;
-39º Porto Alegre: Aula Pública no Colégio Protásio Alves pela manhã e trancamento da Av. Chuí (Viaduto da Igreja São Jorge) à tarde.
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Taquara
Passo Fundo