Educadores ocupam o Ministério da Educação em defesa da democracia, da educação pública e dos direitos dos trabalhadores em educação


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Na manhã desta quarta-feira, dia 29, centenas de educadores de todo o pais realizaram ato no Ministério da Educação. A atividade chamada de “Trancaço” foi organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) em defesa da democracia, da educação pública e dos direitos dos trabalhadores em educação.
Cerca de 100 educadores ocuparam o MEC e outras 500 bloqueiam todas as entrada de acesso ao local. Os diretores do CPERS, Ida Dettmer e Mauro João Calliari participaram da ação bloqueado uma das portas de entradas do anexo II.
Por volta das 14h40 os educadores desocuparam  ministério, mas seguiram com o ato em frente  a secretaria.
Durante a ocupação o professor, representante do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOSEP), Fernando Lima Santos, foi preso pela polícia federal sem cometer nenhum delito. Logo após prestar depoimento foi liberado.

Governo Temer ameaça direitos dos Educadores
Entre as reivindicações dos trabalhadores em educação as principais são a resistência contra a desvinculação de receitas da educação, a ameaça à política salarial dos servidores públicos, como o fim a Lei do Piso Salarial Nacional do Magistério, o fim das receitas do pré-sal para educação e o encerramento da aposentadoria especial do magistério, ameaças essas promovidas pelo governo interino de Michel Temer.
Segundo a secretária-geral da CNTE, Marta Vanelli, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, proposta pelo governo interino de Michel Temer – que determina, por um prazo de 20 anos, um limite máximo de despesas primárias para cada um dos poderes da União, independentemente das receitas da União – é um retrocesso para a educação. “Ela limita os gastos com as políticas públicas, que na prática se resume à desvinculação de recursos para a educação e a saúde. Nós conquistamos na Constituição de 88 a vinculação dos recursos à educação. A partir do momento que o governo Temer desvincula os recursos, vai tornar a situação precária”, afirmou.
O ato teve o encerramento por volta das 17h, em frente ao MEC com o discurso de alguns representantes das entidades ligadas à educação e movimentos sociais.
Em nota a CNTE garante que esse é o início da ampla jornada de lutas em defesa da democracia, dos direitos e contra o golpe institucional no Brasil, que a entidade e seus 50 sindicatos filiados promoverão em conjunto com outras entidades e movimentos sociais.

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