O CPERS convoca os educadores e educadoras para a vigília na Praça da Matriz, na terça-feira (06), às 10 horas, contra a aprovação do Regime de Recuperação Fiscal – RRF, que pode ir à votação na Assembleia Legislativa. Caso não ocorra a votação, a categoria será informada imediatamente.
A resistência dos educadores e demais servidores, através da vigília e da pressão nas galerias da Assembleia, desestabilizou o governo Sartori e fez com que durante os três dias de convocação extraordinária nenhum projeto fosse a votação.
Caso o RRF seja aprovado, a situação fiscal do Rio Grande do Sul irá se agravar ainda mais. A suspensão do pagamento da dívida por três anos não significará a redução da mesma pois, neste período, ela seguirá sendo corrigida com juros e correção monetária. Em 2020, quando terminar a suspensão do pagamento, a dívida terá passado de R$ 60 bilhões para R$ 90 bilhões. O Rio Grande do Sul já pagou esta dívida durante 20 anos com a aprovação do RRF terá de pagar por mais 30 anos.
Sartori não explica para a sociedade que se este Regime for aceito serão congelados os investimentos nas áreas essenciais à população, educação, saúde e segurança; o arrocho salarial será estendido até 2023, a dívida do Estado com a União aumentará em R$ 30 bilhões, além de imposição da privatização a empresas como CEEE, CRM, Sulgás e Corsan. Ou seja, o governo, se aprovar o RRF, irá entregar estatais, penalizar ainda mais os servidores e precarizar, de forma mais cruel, os serviços oferecidos à população, principalmente a mais carente.
Desde o início, o CPERS, juntamente com o Movimento Unificado dos Servidores Públicos – MUS, afirma que a crise do Estado não é de despesa e sim de receita. Sartori deve combater a sonegação (R$ 7 bilhões ao ano) e a isenção fiscal (R$ 9 bilhões ao ano), além de recuperar as perdas da Lei Kandir, que já chega a mais de R$ 48 bilhões.