Diversidade Sexual: somos humanos e diversos


A diversidade é uma de nossas maiores riquezas. Foi ela que possibilitou à espécie experimentar-se de infinitas formas por meio da evolução. A diversidade biológico/cultural, ao contrário das teorias que defendem pureza racial e coisas do tipo, é que pode nos oferecer mais e melhores possibilidades de aperfeiçoamento. Se obedecêssemos, todos, automaticamente, a um só modo de ser e compreender a vida, nossos horizontes evolutivos seriam bem mais limitados.

Somos todos humanos, eu, você, os outros. Somos todos Homo sapiens. No entanto, somos diversos, você, eu e todos os outros, pois temos nossas culturas, religiões e histórias pessoais diferentes, o corpo, a cor da pele, a língua, o modo de entender a vida. Não há dois humanos exatamente iguais! E jamais houve! Você já pensou nisso?

E na área da sexualidade? Sexualmente também somos diversos. Entretanto, as sociedades ainda rejeitam as demonstrações de diversidade sexual e de gênero.

A diversidade sexual e de gênero, ou simplesmente diversidade sexual, é um termo usado para referir-se de maneira inclusiva a toda a diversidade de sexos, orientações sexuais e identidades de gênero, sem necessidade de especificar cada uma das identidades que compreendem esta pluralidade.

Infelizmente, parte das sociedades atuais, rejeita a natureza diversa da sexualidade de nossa espécie. Aliás, elas não só rejeitam como estabelecem um padrão de normalidade e punem quem não obedece a ele. Foi assim, tentando padronizar artificialmente o que por natureza é amplo e diverso, que essas sociedades construíram uma triste história de intolerância, preconceito e violência, não estamos falando apenas contra quem não se enquadra no padrão, mas contra a própria espécie humana.

A DISCRIMINAÇÃO e a violência contra pessoas por causa de suas diferenças as levam, muitas vezes, a uma vida infeliz, regida pelo medo constante de ser incompreendidas.

Você já parou para pensar como as nossas escolas lidam com a diversidade sexual e de gênero? Se não se pode dizer que nas escolas brasileiras há um único jeito de ensinar sobre orientação sexual e identidade de gênero, não faltam pesquisas que mostram ambientes escolares marcados pelo sexismo, misoginia, machismo, racismo e LGBTFobia*.

Entende-se que a escola é um espaço de todos e todas, por isso deve estar sempre aberta ao diálogo, incitando o pensamento crítico e a reflexão sobre a realidade social na qual está inserida, como uma comunidade democrática deve agregar a todos os setores sociais nas mais diversas discussões.

É preciso que se discutam todas as formas de preconceito para que todos e todas que fazem parte do ambiente escolar sintam-se acolhidos em suas diferenças. Calar-se diante desses temas por mais que divida opiniões é fazer com que se o preconceito se consolide dentro da própria escola.

Diante disso, evitar discutir uma temática como a LGBTfobia na escola é institucionalizar o preconceito, independentemente da percepção ou da existência de casos dentro das instituições, omitir estas discussões é fortalecer a ignorância e preservar o preconceito além de perpetuar a invisibilidade. Vamos pensar sobre isso?

Não deixe que esse assunto seja velado. Converse com os colegas, use o tema para trabalhos e em momentos de debate, avance e procure explicar aos colegas a realidade da população LGBT e a necessidade em combater o preconceito.

*LGBT é a sigla de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros, que consistem em diferentes tipos de orientações sexuais.

** LGBTFobia pode ser definida como a hostilidade geral, psicológica e social contra aqueles(as) que, supostamente, sentem desejo ou têm práticas sexuais com indivíduos do mesmo sexo.

Departamento de Gênero e Diversidade CPERS/SINDICATO

 

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