Neste 29 de janeiro, celebramos o Dia Nacional da Visibilidade Trans, uma data que, neste ano, adquire contornos de resistência em meio a um cenário global marcado por retrocessos e violências. Os índices revelados por relatórios recentes expõem uma realidade alarmante e destacam a necessidade urgente de ações que combatam a transfobia e promovam a inclusão.
Segundo o “Dossiê: Registro Nacional de Mortes de Pessoas Trans no Brasil em 2024”, produzido pela Rede Trans Brasil, o país registrou, pelo 17º ano consecutivo, o maior número de assassinatos de pessoas trans no mundo. Em 2024, 105 pessoas trans foram mortas em solo brasileiro, 14 a menos que em 2023. Outro levantamento, realizado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), contabilizou 122 assassinatos de pessoas trans e travestis no ano passado, representando uma redução de 16% em relação a 2023.
Apesar da ligeira queda nos números, o perfil das vítimas permanece assustadoramente constante: mulheres trans, negras, jovens, nordestinas e em situação de vulnerabilidade, muitas vezes assassinadas com requintes de crueldade em espaços públicos. A vítima mais jovem de 2024 tinha apenas 15 anos. Esses dados revelam a urgência de políticas que garantam proteção, dignidade e o combate à transfobia.
No cenário global, também há motivos para preocupação. Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump anunciou recentemente medidas que expulsam mulheres trans de presídios femininos, um claro retrocesso civilizatório. Essa decisão, além de colocar vidas em risco, alimenta discursos de ódio que atravessam fronteiras, reforçando a exclusão e ameaçando conquistas históricas dos direitos humanos.
Educação como ferramenta de transformação
Diante de tantos desafios, o CPERS, por meio de seu Departamente de Gênero e Diversidade, reforça que a escola deve ser um espaço de acolhimento, respeito e promoção da diversidade. O Sindicato reafirma seu compromisso com a luta por uma educação pública inclusiva e pelo combate à transfobia dentro e fora das salas de aula.
O Dia Nacional da Visibilidade Trans é uma data para celebrar a resistência e a existência das pessoas trans, amplificar sua representatividade e fortalecer a luta por direitos, dignidade e igualdade.
Neste 29 de janeiro, o CPERS reafirma sua disposição de lutar por um mundo mais humano, solidário e inclusivo. Um mundo onde a diversidade não apenas seja aceita, mas respeitada e celebrada. Porque acreditamos que um futuro melhor começa na educação – nas salas de aula, nos corações e nas mentes de cada um de nós.
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