Após longa espera e quatro contracheques crivados de vultuosos descontos, chegou a hora de saber de qual lado está o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS): da educação pública ou da política de morte de Eduardo Leite (PSDB).
O recurso do CPERS para derrubar o corte de ponto da greve será julgado pelo Pleno no dia 23 deste mês, em sessão virtual com início marcado para as 10h.
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São mais de 27 mil trabalhadores(as) castigados por lutarem pelos seus direitos. O movimento paredista foi deflagrado em novembro por salário em dia e contra o pacote enviado pelo governador à Assembleia Legislativa.
O ponto foi cortado apesar dos serviços prestados e dos dias letivos recuperados, sem prejuízo aos estudantes. Muitos tiveram perdas equivalentes a 30% dos rendimentos mensais.
Trata-se de uma punição cruel, desumana e injusta, calculada friamente para frear futuras mobilizações e facilitar o desmonte da educação.
Frisamos: são pessoas que trabalharam e não estão recebendo pelo seu trabalho.
Pessoas sem recursos para suprir necessidades básicas, comprar comida e pagar as contas.
Pessoas já fragilizadas por seis anos de perdas salariais e cinco de atrasos e parcelamentos, dívidas acumuladas e condições laborais precárias.
Pessoas no limite do estresse que, devido à pandemia, em breve precisarão lidar com despesas extras de saúde e o sustento de familiares acossados pelo desemprego.