Foto: Joana Berwanger/Sul21
A eleição do próximo domingo, dia 2 de outubro, será a primeira, em mais de 30 anos, sem passe livre nos ônibus do transporte coletivo de Porto Alegre.
Em dezembro de 2021, o prefeito da capital, Sebastião Melo (MDB), sancionou uma lei, de autoria do próprio governo municipal, que alterou as regras para o dia de isenção tarifária, o que impossibilitará o direito de voto para milhares de cidadãos e cidadãs, especialmente os mais pobres.
A legislação revogou o parágrafo que definia, dentre outras datas, “os dias de eleições em qualquer nível” como dias que a população poderia utilizar os ônibus sem pagar a tarifa.
Com isso, a isenção está restrita a somente o dia de Nossa Senhora dos Navegantes (2 de fevereiro) e em campanhas de vacinação de grande relevância e alcance, conhecidas como “Dia D”.
Para o presidente em exercício do CPERS, Alex Saratt, a não concessão do passe livre é uma afronta ao apelo democrático que a sociedade tem feito e o desejo de mudança nas urnas.
“O retrocesso das mudanças sobre o transporte público em Porto Alegre tornou a vida de estudantes e professores mais difícil. Mas alguns aspectos nefastos só foram percebidos em momentos decisivos, como o dia das eleições. O fim do passe livre, além de excludente, mostra-se antidemocrático”.
O Sindicato lutará para garantir o acesso de todos às urnas e ao voto pela mudança, não podemos permitir tamanho retrocesso.
Informações: CUT RS