A quinta-feira (9) amanheceu com o som das sinetas do CPERS ecoando no Palácio Piratini. A manifestação reivindicou a abertura da mesa de negociação com o governo para tratar da reposição salarial da categoria. Após a pressão, a audiência ficou agendada para o próximo dia 17.
Representantes da direção central do sindicato foram recebidos pelo Secretário-chefe da Casa Civil Adjunto, Bruno Freitas, que informou que reunião será com representantes do Grupo de Assessoramento Especial (GAE), Secretaria Estadual de Educação (Seduc), Secretaria da Fazenda (Sefaz) e Casa Civil.
“Há mais de um mês estávamos aguardando que o governo marcasse a nossa mesa de negociação. Como não houve esse movimento, hoje viemos aqui exigir essa agenda. A categoria não pode mais esperar. Já são sete anos sem nenhum centavo de reajuste. Nosso salário não cobre os custos com alimentação, contas de gás, luz, medicações”, destacou a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.
O vice-presidente do sindicato, Alex Saratt, observa que a audiência já havia sido acordada com o governo em reunião realizada anteriormente com a Casa Civil. Porém, como não foi dado prosseguimento, a entidade decidiu pressionar. “Expressamos a urgência de nos reunirmos com o executivo. Deixamos claro que não se trata de uma reapresentação da nossa reivindicação, mas sim que se faça uma negociação de fato e que o governo apresente índices que contemplem a categoria”, afirmou.
Freitas afirmou que atualmente o governo está construindo a proposta orçamentária do estado. “Esse ano, há uma lei federal que impede qualquer reposição salarial. Mas é um momento de construir o cenário futuro através da lei orçamentária do ano que vem”, observou.
Na audiência, além das consequências do salário congelado, o sindicato apresentará outras questões que agravam a situação dos educadores como o congelamento do auxílio refeição, a redução dos adicionais que integram os salários e a falta de reposição pelos gastos extras impostos durante o trabalho remoto.