Nos dias 12, 13 e 14, a diretora do Departamento da Juventude do CPERS, Ananda de Carvalho, o diretor do Departamento de Educação, Antônio Lima e a professora Susana Cecília Lauermann participaram do II Encontro Nacional da Juventude, em Brasília, organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Com o tema “Resistir aos ataques à democracia, à educação e aos direitos de cidadania”, o evento teve a participação de jovens educadores de todo o Brasil. O objetivo foi o de debater a política de organização dos educadores jovens dentro dos sindicatos e o papel da juventude na educação brasileira.
A primeira mesa de debates, com o tema “Financiamento da educação e carreira”, foi aberta pelo professor Otaviano Helene, do Instituto de Física da USP.
Para o professor, o grande problema da educação e das demais áreas de interesse público do Brasil é o financiamento. “A sonegação fica com 10% do PIB; as alíquotas de impostos diretos são muito baixas, não há impostos sobre grandes fortunas. Diante disto, percebemos que os interesses das elites econômicas precisam ser enfrentadas, pois eles não se preocupam com a educação”, ressaltou Helene.
Os participantes puderam discutir ainda “A democracia e o currículo escolar”. A secretária Executiva da CNTE, Lirani Maria Franco, que participou da mesa, afirmou que é necessário ouvir a voz dos jovens”.
“A nossa intenção é debater e planejar as ações da CNTE para que esses jovens se envolvam ainda mais com a luta sindical e assim construir novas lideranças”, explica a secretária.
O segundo dia do II Encontro Nacional da Juventude da CNTE, foi aberto com uma roda de conversa sobre a “Construção do Conhecimento” e novas formas de melhorar o aprendizado na rede pública de ensino.
Os jovens educadores puderam discutir sobre o uso da música, de imagens, do cinema, do circo, do teatro e da internet na educação pública como ferramentas na aprendizagem.
Leitura do “Manifesto da Juventude da CNTE” encerra o II Encontro Nacional da Juventude
O terceiro e último dia do encontro foi encerrado com a leitura do “Manifesto da Juventude da CNTE”.
Carlos Guimarães, coordenador do coletivo de juventude da CNTE ressaltou que o documento faz uma leitura crítica sobre a política atual e destaca as principais preocupações em relação ao atual governo, à defesa da democracia e da educação pública.
Durante o dia, os representantes de diversos locais do país puderam trocar experiências e destacar as maiores dificuldades enfrentadas nos seus Estados.
“Vivemos um momento delicado na conjuntura política, em que os direitos dos professores e demais trabalhadores, frutos de muita luta estão sendo atacados covardemente. Com o golpe em curso, faz-se necessário levar esse debate para a classe trabalhadora e principalmente para os jovens que são a nova geração dentro dos sindicatos”, avaliou o coordenador de Juventude da CNTE, Carlos Guimarães.
“O encontro foi provocativo, o que nos estimulou muito a avançar na organização dos jovens educadores e na construção de uma educação popular. A Conjuntura mais do que nunca exige de nós organização da juventude trabalhadora para fortalecer e oxigenar nossos sindicatos. Nesse sentido, reconhecemos a iniciativa da CNTE e teremos o compromisso de fortalecer essa política no CPERS”, avaliou a diretora Ananda.