A secretária geral do CPERS, professora Candida Rosseto, participa, em nome do Sindicato, do Encontro da Rede de Trabalhadoras da Educação, que ocorre em Buenos Aires – Argentina. A iniciativa, organizada pela Internacional da Educação para a América Latina – IEAL, segue até esta sexta-feira (02).
Em um cenário de retrocessos corporizado no ataque às relações democráticas e avanço do autoritarismo, das ideias fascistas e da destruição da escola pública é preciso aglutinar forças com os pares que assumem o protagonismo na resistência ante esta conjuntura, dentre eles, as mulheres trabalhadoras em educação. Este cenário, a despeito de algumas peculiaridades é a centralidade do debate das representantes dos sindicatos de educadoras dos países da América Latina presentes no Encontro.
A professora Candida abordou a conjuntura política econômica e educacional do Brasil e os desafios para o próximo período. Ressaltou a importância da mobilização e da organização dos movimentos sociais, sindicais e demais organizações no que tange à educação pública. “É preciso resistir à entrega da escola pública ao setor privado. É imperativo barrar o movimento da mordaça aos professores(as), assegurando o seu direito de cátedra”, avaliou. Outro aspecto fundamental que a educadora reiterou foi o valor pedagógico do período eleitoral. “Se aprende e se ensina na luta. Independente do resultado eleitoral é tarefa fundamental a construção de uma Frente Ampla, nacional e internacional. É necessário construir unidade como resistência em face dos tempos duros e sombrios de ataques à classe trabalhadora, em curso”, afirmou.
Além da análise conjuntura, fazem parte dos debates realizados durante o encontro, as temáticas ligadas diretamente à questão de gênero, a história do movimento das mulheres e o contexto atual, violência de gênero, políticas públicas, gênero e educação sexual, bem como as experiências dos sindicatos no trato destas questões.
“Aproveitaremos o espaço para fazer a denúncia da violência contra a categoria, majoritariamente de mulheres. O empobrecimento, a sobrecarga de trabalho, a pressão que sofremos pela desvalorização executada pelos governos neoliberais e por parte da sociedade geram o adoecimento físico e psicológico da categoria”, ressalta Candida.
No encerramento do evento, a representante da IEAL na região apresentará as ações concretas realizadas pelas organizações sindicais da América Latina sobre o tema de gênero, bem como linhas de trabalho para o próximo ano.