CPERS participa do Conselho Nacional de Entidades


Entre os dias 21 e 22 de maio, entidades de todo o país reuniram-se no Conselho Nacional de Entidades (CNE) da Confederação Nacional de Trabalhadores em Educação (CNTE). O evento reuniu sindicatos de todo o Brasil. O CPERS esteve representado pela sua vice-presidente, Solange Carvalho.
Os representantes dos estados e municípios debateram encaminhamentos nacionais com base na análise de conjuntura feita durante a reunião e aprovaram a pauta de mobilizações, a partir de um levantamento do cenário atual de greves da categoria. As próximas ações estão marcadas para esta quinta e sexta-feira.
Hoje, ocorre uma mobilização nacional com a #SOS Educação Pública, que pretende envolver toda a sociedade nas redes sociais e nas escolas, usando roupas pretas, além de faixas e cartazes da mesma cor. Amanhã, dia 29, os educadores vão participar da greve geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), e demais centrais sindicais, contra a terceirização e a retirada de direitos.
Os educadores discutiram a construção de uma proposta para o projeto de lei do Piso Salarial Nacional, que envolve professores e funcionários de escola, além das diretrizes nacionais de carreira. Até o dia 7 de agosto, as entidades devem apresentar um posicionamento sobre as sugestões da CNTE, que devem ser encaminhadas ainda este ano. De acordo com o vice-presidente da CNTE, Milton Canuto, a ideia é consolidar um padrão nacional: “Nós estamos tentando construir uma base para o Piso para todos os profissionais de educação e definir uma base mínima para as diretrizes de carreira, de forma que se desenvolva de três em três anos, para acabar com essas distorções absurdas que existem hoje no País”.
Foram debatidos também os impactos, nos serviços públicos, da votação do PL4330, que regulamenta a terceirização sem limites, e da decisão do STF sobre a constitucionalidade de outra lei, a que permite convênios do Estado com as organizações sociais, que aumenta os riscos para a escola pública. Atualmente, no Distrito Federal, por exemplo, cerca de 30% dos funcionários da educação são terceirizados. No Rio de Janeiro, segundo a CNTE, a maioria das creches e parte da educação infantil já estão nas mãos das organizações sociais.

 

Notícias relacionadas