Rede elétrica comprometida, telhados danificados, infiltrações, problemas hidráulicos, obras atrasadas e muros em risco de desabamento são apenas alguns dos problemas recorrentes em boa parte das escolas da rede estadual. Para além da questão estrutural, as(os) trabalhadoras(es) da educação ainda sofrem com salários defasados, descontos desumanos e sobrecarga de trabalho. Diante deste cenário caótico, a partir desta terça-feira (11), o CPERS coloca o pé na estrada e dá início a uma grande caravana de denúncia e mobilização que vai percorrer os 42 núcleos da entidade em todo o Rio Grande do Sul.
Durante as próximas quatro semanas, dirigentes da direção estadual do Sindicato e lideranças dos núcleos regionais visitarão escolas para ouvir a comunidade escolar, expor a dura realidade enfrentada por educadoras(es) e estudantes e convocar a categoria para a Assembleia Geral da entidade, marcada para o início de abril.
Entre os principais temas que pautam a caravana está a luta por uma escola pública de qualidade, com infraestrutura adequada, condições dignas de trabalho e ensino, além de valorização salarial para todas(os) trabalhadoras e trabalhadores da educação, da ativa e aposentadas(os). O CPERS também denuncia o avanço das Parcerias Público-Privadas (PPPs) como uma tentativa camuflada de entregar a gestão das escolas à iniciativa privada, comprometendo o caráter público, gratuito e democrático do ensino.
“Estamos indo às escolas para mostrar, sem maquiagem, a realidade que o governo Leite tenta esconder. Prédios sucateados, falta de profissionais, insegurança e salários arrochados. Não vamos aceitar a política de privatização da educação por meio das PPPs e nem a humilhação que é receber um salário indigno para quem dedica a vida ao futuro do Rio Grande do Sul”, afirma a presidente do CPERS, Rosane Zan.
A caravana é um chamado à mobilização contra os desmandos do governo Leite (PSDB), que insiste em um projeto que exclui, aprofunda desigualdades e destrói direitos históricos da categoria.
Assembleia Geral de abril: um chamado à resistência
A caravana culmina na Assembleia Geral marcada para o início de abril, quando a categoria discutirá os rumos da luta. “A Assembleia Geral de abril será um momento crucial. Precisamos fortalecer a luta para barrar o desmonte, exigir respeito aos nossos direitos e garantir educação pública de qualidade para todos e todas”, reforça Rosane.
O Sindicato convoca todas as comunidades escolares a participarem ativamente das visitas e da Assembleia, afirmando que a resistência se constrói nas ruas, nos espaços de trabalho e nas decisões coletivas!