CPERS e FSP encerram plenárias pelo RS mobilizando trabalhadores para a Paralisação Estadual no dia 20


Em todos os cantos do Rio Grande do Sul, a voz da resistência ecoa contra o cruel projeto de reestruturação do IPE Saúde (PLC 259) e por salários dignos. 

No último dia de plenárias por todo o estado, nesta sexta-feira (16), dirigentes do CPERS e da Frente dos Servidores(as) Públicos (FSP) percorreram as regiões de Passo Fundo (7º), Santo Ângelo (9º) e Piratini (24º).

Os representantes estão convocando os trabalhadores(as) a unirem suas forças na Paralisação Estadual em defesa do Instituto e pela Revisão Geral dos Salários, na terça-feira (20), data em que o PLC 259, proposto por Eduardo Leite (PSDB) e que ameaça o bolso e a saúde de milhares de famílias, deve ser votado pelos deputados(as), na Assembleia Legislativa.

Desde o dia 17 de maio, o Sindicato e a FSP pegaram a estrada mobilizando todo o RS, promovendo o debate em plenárias e audiências públicas, denunciando o descaso do governo com os servidores(as) em rádios locais, pressionando parlamentares e exigindo que se retire o projeto desumano de Leite (PSDB) da pauta.

Durante plenária na Câmara de Vereadores(as) de Passo Fundo, os diretores Cássio Ritter e Amauri Pereira da Rosa analisaram o projeto de reforma da autarquia e destacaram os principais pontos que afetam os professores(as), funcionários(as) de escola e demais servidores(as) estaduais, da ativa e aposentados(as).

“Muitos acreditam que Eduardo Leite deseja privatizar o IPE Saúde, mas, na verdade, ele quer acabar com o Instituto. Ele deseja retirá-lo dos servidores. E nós devemos lutar incansavelmente para manter o nosso IPE Saúde público, solidário e de qualidade”, destacou o diretor Cássio Ritter.

Já o diretor Amauri Pereira da Rosa afirmou que o PLC 259 afeta diretamente quem recebe os salários mais baixos, beneficiando aqueles com altos salários.

“Esse projeto onera de forma significativa os servidores que recebem menos. Ele ataca diretamente nossos aposentados, na tentativa de retirar o IPE Saúde daqueles que mais precisam, os idosos e os servidores menos remunerados”, afirmou Amauri.

Érico Corrêa, presidente do Sindicaixa, ressaltou que os aposentados(as) são os mais atingidos.

“Se eles querem nos enfraquecer, precisamos fazer um pacto para não sucumbir. Os aposentados são extremamente importantes para nós, tanto que são os primeiros a nos apoiar na luta”, observou Érico.

O evento contou com a participação do Diretor do 7º núcleo (Passo Fundo), Orlando Marcelino da Silva Filho, José Luiz Zibetti, diretor presidente da ASSTBM Regional de Passo Fundo, Tadeu Trindade, representante dos bombeiros e vereador de Passo Fundo.

Em plenária que mobilizou trabalhadores(as) no Centro Municipal de Cultura de Santo Ângelo, a diretora do CPERS e representante do Sindicato no Conselho de Administração do IPE Saúde, Vera Lessês, afirmou que lidar com o aumento das contribuições ao Instituto é uma dificuldade que pode resultar em um grande número de servidores(as) migrando para o já sobrecarregado SUS. Isso evidencia que o desmonte da autarquia afeta não apenas os trabalhadores(as), mas toda a sociedade.

“Um milhão de gaúchos correm o risco de ficar desamparados, sem acesso à assistência médica e hospitalar oferecida pelo IPE Saúde. Os novos custos se tornarão insustentáveis. Essa situação coloca em perigo a saúde e o bem-estar de um número significativo de servidores. A sociedade como um todo precisa se unir para defender esse patrimônio e garantir que todos tenham o direito fundamental à saúde assegurado”, asseverou.

A diretora Juçara Borges destaca de forma contundente o propósito do governo: precarizar o IPE Saúde como parte de um plano de privatização. 

O governo sentirá a força do funcionalismo público estadual. Esse é um chamado à união e à resistência para preservar o Instituto, que é de todos os gaúchos e que desempenha um papel fundamental na vida dos servidores públicos”, exclamou a diretora Juçara.


Durante audiência pública na Câmara de Vereadores(as) de Piratini, a diretora Sonia Solange Viana expressou sua posição de forma sobre a cruel exclusão de 25 mil funcionários(as) de escola do reajuste salarial, que recebem um salário base de apenas R$ 657,97.

“Como os funcionários da educação conseguirão arcar com as novas alíquotas do IPE Saúde? A reforma proposta por Eduardo Leite é marcada por sua crueldade e falta de humanidade os funcionários e demais servidores, que já enfrentam nove longos anos sem reajuste salarial, uma situação insustentável”, frisou.

Antônio Andreazza, representante do CPERS no Conselho de Administração do IPE Saúde, trouxe à tona uma questão alarmante: o governo está acumulando uma dívida significativa com o IPE Saúde, totalizando R$ 356,6 milhões em precatórios e RPV retidos pela CAGE. Essa revelação só reforça a suspeita de que a crise atual foi, de fato, criada intencionalmente pelas administrações anteriores.

O governo está tentando transferir a responsabilidade das dívidas do Instituto para os próprios servidores, mas não podemos aceitar essa situação. É inaceitável que os altos salários sejam beneficiados enquanto os baixos salários são sobrecarregados com altas taxas. Essa disparidade é injusta e não pode ser tolerada”, destacou.

Também estava presente na atividade o representante do Sindicaixa, João josé, entre outros dirigentes.

    

     

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