Nesta quinta-feira (23), a Escola Técnica Estadual Parobé foi palco de um debate inspirador conduzido pelo professor Edson Garcia, 2⁰ vice-presidente do CPERS e diretor do Coletivo Estadual de Igualdade Racial e Combate ao Racismo do Sindicato, sobre a luta antirracista e seu papel essencial dentro e fora das instituições de ensino.
O evento, inserido no contexto do #NovembroAntirracista e promovido pela direção e Grêmio Estudantil da escola, abordou uma série de temas relevantes, desde o contexto histórico do líder quilombola Zumbi dos Palmares até a atualidade, com discussões sobre o Dia da Consciência Negra, a Lei de Cotas, a Lei 10.639, que estabelece na Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e as mobilizações em defesa da cultura e identidade negra.
“Eu sinto um orgulho imenso em ser defensor da política antirracista. Minha dedicação a essa causa é diária e inabalável. Precisamos seguir somando esforços para compartilhar os aprendizados com nossos alunos, colegas e parceiros de luta. Essa batalha é essencial, especialmente porque reconhecemos e valorizamos o papel fundamental do negro em mover as estruturas da sociedade. A cada passo que damos juntos, reafirmamos nosso compromisso com a igualdade e a justiça, construindo um futuro mais inclusivo e respeitoso”, destacou o professor Edson Garcia, 2⁰ vice-presidente do CPERS e diretor do Coletivo Estadual de Igualdade Racial e Combate ao Racismo do Sindicato.
A história de Zumbi dos Palmares, figura emblemática na resistência contra a escravização, foi destacada como ponto de partida para compreender a importância da luta antirracista. O debate proporcionou aos estudantes uma reflexão aprofundada sobre o legado de Zumbi e seu impacto na construção da identidade afro-brasileira.
O Dia da Consciência Negra também foi amplamente discutido, sendo ressaltada a necessidade de não apenas lembrar, mas de refletir sobre as conquistas e desafios enfrentados pela comunidade negra ao longo da história. O professor Edson Garcia enfatizou a importância de promover a conscientização sobre a diversidade cultural e étnica, estimulando o respeito e a valorização das diferenças.
A Lei de Cotas, instrumento fundamental na promoção da igualdade de oportunidades, foi abordada como uma ferramenta que busca corrigir desigualdades historicamente enraizadas. O debate destacou a importância de políticas afirmativas para garantir representatividade e inclusão nos espaços educacionais e profissionais.
Ao abordar a Lei 10.639, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de “História e Cultura Afro-Brasileira” dentro das disciplinas que já fazem parte das grades curriculares dos ensinos fundamental e médio, Edson Garcia afirmou: “Esta Lei reflete avanços significativos, não apenas reconhecendo a diversidade, mas também incorporando-a de maneira obrigatória no currículo educacional. É um marco fundamental para promover uma compreensão mais ampla e respeitosa da ‘História e Cultura Afro-Brasileira’ na nossa sociedade”.
A mobilização em defesa da cultura e identidade negra ganhou destaque, evidenciando a importância de celebrar e preservar as tradições afro-brasileiras. Os participantes foram incentivados a se engajarem em iniciativas que promovam o respeito à diversidade e a valorização da riqueza cultural negra.
Para o CPERS, o debate nas escolas são uma oportunidade de reflexão para que professores(as), funcionários(as) e alunos(as) discutam a temática com muita atenção e um convite à ação contínua na promoção de uma sociedade mais justa, inclusiva e antirracista.