CPERS cobra providências a solicitações da categoria ao secretário Vieira da Cunha


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Nesta quinta-feira, dia 14, às 17h30 a Direção Central do CPERS reuniu-se com o secretário de Educação Vieira da Cunha, na Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul -Seduc.
A primeira questão abordada foi das horas aulas e horas atividades. A partir das preocupações e questionamentos do Sindicato, repercutindo os anseios da base. Embora haja uma definição judicial sobre esse assunto, houve concordância entre a Secretaria de Educação e Sindicato de que o fundamental é o atendimento de todos os alunos e qualificação da educação. Respeitando a autonomia das escolas, os Conselhos Escolares devem organizar a carga horária e horas atividades de maneira que  atinja o entendimento acima exposto.
A seguir foi discutida a necessidade de concursos públicos para professores e funcionários de escola, sendo que para esses últimos principalmente na área de alimentação e infraestrutura, onde a situação é caótica nas escolas. Também insistiu-se nas nomeações de todos os concursados no governo anterior, tendo em vista o grande número de aposentados no ano de 2015, em torno de 4.800. Quanto à Comissão de Avaliação dos funcionários de escola, para fins de promoção, e a Coordenação do Programa Profuncionário, temas já abordado em várias reuniões, por insistência do Sindicato a Seduc assumiu o compromisso de dar efetivo andamento.
O CPERS também exigiu o cumprimento das alterações de níveis da categoria. Foram ainda abordados casos específicos das Eleições de Diretores, em que foi desrespeitado a vontade da comunidade escolar.
O secretário, Vieira também afirmou que o fechamento de escolas e  turmas, e possíveis municipalizações devem ser construídas através do dialogo respeitando a posição da comunidade escolar.
Durante o encontro a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, ressaltou a preocupação com o decreto publicado nos dias 06 e 07 de janeiro, que trata da cedência dos educadores para outros órgãos públicos. “A nossa preocupação é com os educadores que estão muito tempo fora das salas de aula. Qual as condições que o Estado vai dar? Precisamos que esses profissionais sejam preparados para voltar a sala de aula”, afirmou. O secretário afirmou que estão sendo estudado caso a caso.
Helenir fez uma análise de todo o ano de 2015, a forte luta que os servidores traçaram contra o governo Sartori para que não fossem retirados os direitos da categoria. Além de destacar que com o novo Piso Nacional do Magistério, que passa de R$ 1.917,78 para R$2.135,64, os professores do Rio Grande do Sul passam a receber 30,23% do Piso. “Nós vamos para o enfrentamento com o governo. E esperamos que o secretário cumpra seu papel de defender a educação dentro do governo. No próximo dia 20 acontecerá o Conselho Geral da entidade, onde vamos definir as estratégias de luta, para exigir que o governo apresente uma proposta de reajuste salarial. Não temos como continuar sobrevivendo com esse salário”, destacou.
“Sabemos da situação do Estado, vamos ter que enfrentar a crise e achar alguma solução”, observou Vieira.
Em relação ao completivo Vieira afirmou que o governo estava esperando sair oficialmente o índice de reajuste, para a partir disso a Secretaria da Fazenda fazer o cálculo, afim de fazer o pagamento.
No encerramento da reunião Helenir ainda destacou, que durante o ano o CPERS juntamente com as outras categorias que fazem parte do Movimento Unificado dos Servidores, mostraram saídas para a crise através do ataque a sonegação de impostos e os royalties do petróleo. “ Nós mostramos alternativas para enfrentar a crise, mas nada foi feito”.

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