O Conselho Geral do CPERS expressa de maneira veemente sua reprovação pelos ataques perpetrados pelo governo sionista de extrema direita de Israel. Ao repudiar tais ações, denunciamos a gravidade desses eventos e nos solidarizamos com as vítimas civis que, de maneira lamentável, tornaram-se parte desse conflito.
Nas últimas semanas, o cenário internacional tem testemunhado a escalada do conflito entre Israel e Palestina, resultante de anos de uma política opressiva e de um sistemático massacre do povo palestino, com respaldo do imperialismo norte-americano.
Mais de 6 mil pessoas morreram no conflito entre Israel e Hamas. Segundo o Ministério da Saúde do Estado da Palestina, o conflito deixou 4.651 mortos e 14.245 feridos na Faixa de Gaza. Em Israel, são 1,4 mil mortos, a maioria no ataque de 7 de outubro.
Apesar da complexidade dos levantamentos, o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da Organização das Nações Unidas estima que mais de mil crianças e 1050 mulheres, incluindo muitas grávidas, figuram entre os trágicos registros.
O veto dos Estados Unidos à resolução brasileira no Conselho de Segurança da ONU, que buscava promover a paz e abrir o Corredor Humanitário em Gaza, viola frontalmente a Convenção sobre os Direitos das Crianças da ONU, contribuindo para o agravamento da violência e a violação dos direitos das crianças.
Defendemos de forma inabalável o direito inalienável de todas as crianças à vida, dignidade, segurança e educação. Cada criança merece um ambiente seguro para aprender, crescer e prosperar, independentemente de sua origem étnica, religião ou nacionalidade. É inaceitável expor crianças à violência e brutalidade, negando-lhes o acesso à educação.
A dimensão desses acontecimentos ressalta a urgência de uma abordagem humanitária e o apelo por esforços internacionais visando a cessação imediata desses atos de violência devastadora.
Neste momento crítico de aprofundamento do conflito de 76 anos, originado na ocupação ilegal de territórios palestinos por Israel e no constante colonialismo expresso na ocupação da Cisjordânia, de Jerusalém Oriental e no bloqueio de Gaza, fazemos um apelo pela paz no Oriente Médio.
Pedimos pelo cessar-fogo em Gaza, a abertura das fronteiras para ajuda humanitária e exigimos que Israel cumpra os acordos e as resoluções da ONU, respeitando a autodeterminação e o território do povo palestino, garantindo a aplicação da política “dois povos, dois Estados” como caminhos para estabelecer a paz justa e duradoura na religião.