Os tempos duros do alinhamento da política neoliberal de Leite e Bolsonaro colocam as e os educadores em vigília permanente.
Com o objetivo de fortalecer a luta em defesa da valorização salarial e contra a retirada de direitos, o Conselho Geral do CPERS, em reunião realizada na última sexta-feira (27), apontou para a necessidade de mobilizar a categoria para o combate ao projeto de destruição dos serviços públicos imposto pelos governos federal e estadual.
Na abertura, a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, afirmou que o objetivo do Conselho é fortalecer a categoria para o debate com a sociedade.
“Pesquisa realizada pela Assembleia Legislativa aponta que 60% da população gaúcha apoia a reposição salarial, mostrando que estamos de braços dados com o povo”, afirmou.
Helenir fez um chamado para a unidade com um propósito único: perseguir o governador onde ele estiver, denunciando o descaso desta gestão.
“Nossa campanha dá o recado. Dinheiro tem, falta priorizar o que importa. Eduardo Leite precisa apresentar uma proposta digna para os trabalhadores e as trabalhadoras da educação. Precisamos estar unidos contra o nosso inimigo em comum que está dentro do Piratini”, declarou a presidente.
A presidente também alertou para a necessidade da manutenção dos cuidados com a vida da comunidade escolar. “A pandemia não acabou, estamos vendo inúmeras escolas com casos de contaminação.
Durante o Conselho foram empossados os novos Representantes dos Aposentados e o Representante 1/1000 do 19º Núcleo (Alegrete).
Representante 1/1000:
Titular: Paulo Ariosto Rodrigues Dutra
Suplente: Fábio Dorneles dos Santos
Representantes Estaduais dos Aposentados:
Outros pontos foram destaque como os descontos retroativos que aprofundam a miséria da categoria e a falta de políticas de segurança sanitária nas escolas.
CONHEÇA AS PROPOSTAS DE MOBILIZAÇÃO APROVADAS NO CONSELHO GERAL
- Continuar a pressão no Governo pela Reposição Salarial, reversão dos descontos retroativos da categoria e pagamento dos dias da greve, fazendo atos nos Núcleos e debates nas escolas, estimulando o engajamento da categoria em “Vigílias Digitais” todas as terças-feiras, paralelamente com as Vigílias na Praça da Matriz, fomentando o compartilhamento de conteúdos, a realização de tuitaços, atividades de resistência em caso de visita do governador as regiões do núcleo e a pressão direta nas redes sociais de Eduardo Leite, do Governo e da Secretária da Educação por Reposição Já! *Utilizando a hashtag #ReposiçãoJÁ!
- Fazer o chamamento massivo da categoria para participar do Grito dos Excluídos “Vida em primeiro lugar: Fora Bolsonaro” no dia 07 de Setembro. Os Núcleos de Porto Alegre e da Região Metropolitana somam-se as atividades e atos na capital e os demais Núcleos participam em suas cidades ou regiões, seguindo todos os protocolos de segurança sanitária contra a Covid-19;
- Realizar visitas e debates nas escolas, Atos nos Núcleos, Assembleias Regionais nos Núcleos, chamar Assembleia Geral para o mês de setembro e, também, Paralisação no dia 24 de Setembro – Dia do Clima e em Defesa da Vida;
- Fomentar dentro dos Núcleos a discussão sobre a Eleição de Diretores/as, para que todas as escolas tenham candidatos/as comprometidos com a Gestão Democrática e a Defesa da Escola Pública; enviar uma carta política para os candidatos a diretores explicando a importância da defesa da gestão democrática e apoiando a atualização do valor da Gratificação de Direção;
- Reativar as Comissões de Educação de cada um dos 42 Núcleos para fazer o contraponto a política neoliberal de educação dos Governos Eduardo Leite e Bolsonaro, fazendo a luta pelo adiamento da aplicação do Novo Ensino Médio, regularização do Ensino Híbrido dentro da carga horária, e a luta pela garantia da Educação Especial; fazendo plenárias sobre a tercerização dos funcionários, sobre a PEC 32 e demais ataques sofridos pela categoria;
- Orientar as Direções dos 42 Núcleos a procurar as Câmaras Municipais de Vereadores dos municípios de sua abrangência, para debater a PEC 32 e buscar a aprovação de Moções de Repúdio à Reforma Administrativa;
- Participar ativamente do Plebiscito Popular sobre as Privatizações, de Resistência e Combate às Políticas dos Governos que atacam o patrimônio público e estatal, os direitos do povo e dos trabalhadores;
- Carta à Comunidade Escolar relatando como está a situação das escolas em relação a vários aspectos como: sobrecarga de trabalho, nova matriz curricular, não adequação dos protocolos, colocando a responsabilidade da volta presencial no governo;
- Cobrar do Governo os novos protocolos, já que o momento exige novas adequações, orientações sobre a limpeza, uso correto de termômetros, testagem e EPIs adequados, máscaras certificadas como a PFF2;
- Buscar solução para as aulas presenciais e online que estão sobrecarregando o trabalho docente dos professores;
- Lutar pelo aumento do vale-refeição, pois atualmente o valor concedido pelo Estado não cobre as despesas de alimentação realizada em função do exercício profissional;
- Lutar para que seja feito, Concurso Público para Professores, Funcionários de Escola e Especialistas;
- Contra o fechamento escolas de curso normal;
- Vídeos feitos pelos educadores comentando como são as suas rotinas no dia a dia;
- Fazer a defesa de que os alunos que fizerem a opção de continuar com o ensino remoto sejam atendidos de forma remota pelos professores;
- Fazer cards periódicos questionando a comunidade escolar sobre a segurança sanitária da escola de seu filho (ex.: o termômetro da escola do seu filho está funcionando);
- Tornar mais acessível e menos burocrático o processo de “filiação” ao CPERS no site do Sindicato;
- Hora-atividade dos professores de séries iniciais, muitas tarefas e 1 hora por semana está sendo insuficiente para realizá-las;
- Teletrabalho para as gestantes;
- Realizar formação política;
- Fazer faixas para as escolas exigindo reposição salarial com o índice mínimo exigido pela categoria;
- Publicar spots nas rádios com esclarecimentos sobre a PEC 32 e privatizações no RS.