Conselho Geral do CPERS define mobilizações da categoria


Na manhã dessa sexta-feira (31), durante reunião do Conselho Geral do CPERS, os conselheiros da entidade deliberaram sobre as pautas de mobilização da categoria. Na ocasião, foi definido um calendário de ações que tem como foco a defesa da escola pública e dos direitos dos educadores e educadoras.

Antes de iniciarem as deliberações, o cientista político e professor de Relações Internacionais e Jornalismo na Unisinos, Bruno Lima Rocha, convidado pelo Departamento de Formação do Sindicato, apresentou palestra sobre as consequências do Escola sem Partido.

Rocha, que também é vice-líder do grupo de Pesquisa Capital e Estado (economia UFRGS), abordou questões como o surgimento do escola sem partido, que ocorreu pelas mãos do Procurador do Estado de São Paulo, Miguel Nagib, a origem do movimento, os estados e cidades em que já o adotaram e, principalmente, as sérias conseqüências que representa para os educadores e educadoras.

“Este grupo encontrou eco no conservadorismo das igrejas neopetencostais e na polêmica sobre as questões de gênero no currículo escolar. O escola sem partido representa o retrocesso na educação e a grave ameaça à liberdade dos professores dentro da sala de aula. O princípio da educação pública está abalado com esta lei. Derrubaram a Constituição e a LDB. Isto é muito preocupante. Nem a ditadura fez isso. É um ataque contra a educação laica, livre e republicana”, observou.

Ao final da palestra, Rocha respondeu a questionamentos dos (as) educadores (as).

Logo após, foi realizada uma homenagem ao professor Clóvis de Oliveira, falecido no dia 24 de julho. Clóvis foi professor de História e atualmente era representante estadual dos aposentados do CPERS.  Era associado ao Sindicato desde 1978 e foi vice-presidente da entidade por duas gestões.

Dando prosseguimento ao Conselho, a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, ressaltou a importância da Caravana em Defesa da Escola Pública – contra o desmonte do estado, que está percorrendo o RS desde julho.  “A Caravana tem sido muito importante e já começa a apresentar resultados, pois estamos incomodando muita gente com as informações e a reflexão que propomos à nossa categoria e a comunidade escolar. Para tentar nos calar, tentam ações na justiça. Por isso, é fundamental aprofundarmos o debate e continuarmos denunciando os ataques aos educadores e educadoras e à escola pública. A Caravana está plantando uma semente, que deve ser cultivada por aqueles que estão em nossa base”, destacou Helenir.

Confira as mobilizações aprovadas:

1. Realizar Assembleia Geral do CPERS Sindicato no dia 28 de setembro de 2018(sexta-feira);
2. Discutir na base da categoria a proposta de dias de paralisação ou greve por tempo determinado contra o atraso de salário e a situação de miséria em que a categoria se encontra;
3. Participar com a Caravana em Defesa da Escola Pública das atividades nos dias 01 e o2/10, em Guaíba e Montenegro, respectivamente;
4. Realizar panfletagem uma vez por semana com redução de período e nos dias 07 de setembro e 20 de setembro, em espaços diferentes, denunciando o desmonte do Estado e da Educação Pública. O núcleo terá autonomia para o formato e organização. O dia da semana será definido pelo núcleo e deve ser informado à Secretaria Geral do CPERS.
5. Denunciar e cobrar do governo situações de falta de professores e não cumprimento de acordo de greve, a partir de apresentação de dados concretos apresentados pelos núcleos via secretaria geral.
6. Construir em cada escola o movimento de resistência à Reforma do Ensino Médio e a BNCC. Fazer plenárias com educadores e estudantes. Documentar com atas e abaixo assinados a contrariedade. Juntar todos os documentos e entregar às autoridades competentes, estaduais e nacionais. Dar visibilidade a este movimento de resistência;
7. Intensificar propaganda contra aqueles que votaram a favor do desmonte do Estado nas redes sociais, ou através de adesivos e outdoors;
8. Confeccionar um mural sobre os dois projetos em disputa nestas eleições, tanto em nível estadual quanto nacional;
9. Paralisar por ocasião do dia de não pagamento do salário. Dia 28/09 será Assembleia e paralisação;
10. Moção de solidariedade à luta dos contratados(as) que vêm sofrendo assédio moral nos casos de afastamento por saúde, sendo dispensados(as) do trabalho;
11. Moção de repúdio à aprovação da Lei da Mordaça em São Lourenço do Sul – RS;
12. Moção de apoio e solidariedade à professora Malvina Tuttman vítima de procedimento disciplinar no CNE em face de sua posição contrária à BNCC.

 

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