A fim de organizar a luta em defesa da educação e das(os) educadoras(es) no Rio Grande do Sul, o Conselho Geral do CPERS se reuniu de forma online, pelo Zoom, na noite desta quinta-feira (5).
Na abertura do Conselho, a presidente do CPERS, Rosane Zan, pediu um minuto de silêncio em memória à professora Silvaneide Andrade, que faleceu na última sexta-feira (30), em decorrência de um infarto. A educadora passou mal logo após ser pressionada pelo cumprimento de demandas burocráticas exigidas pela Secretaria de Educação do Estado do Paraná.

Rosane enfatizou o cenário de adoecimento mental e físico que a categoria enfrenta diante do exorbitante acúmulo de tarefas e da desvalorização salarial sem precedentes. “Estamos vivendo uma imensa sobrecarga de trabalho. O que aconteceu com a professora Silvaneide não pode se repetir. Nós não somos máquinas”, salientou.

Entre as discussões levantadas pelas(os) conselheiras(os) estão a importância de uma campanha contra o assédio moral e a sobrecarga de trabalho, a valorização salarial e profissional, a defesa do IPE Saúde, a exigência por estratégias de adaptação climática que protejam as(os) trabalhadoras(es) e a relevância da descentralização dos atos públicos.
>> Confira, abaixo, o conjunto das mobilizações aprovadas no Conselho Geral desta quinta (5):
1 – Intensificar a luta, juntamente com a Frente dos Servidores Públicos (FSP), pela revisão geral de 12,14% e pelo IPE Saúde público nos atos regionalizados e realizar no dia 11 de julho, ato estadual em Porto Alegre;
2 – Fazer o debate do Piso/Carreira durante o mês de junho e julho com material orientador da CNTE;
3 – Participar do seminário estadual do PNE no dia 13/06 – na Assembleia Legislativa – defendendo as emendas propostas pela CNTE;
4 – Participar no dia 6 de agosto do Ato Nacional, em Brasília, pela valorização das(os) profissionais da Educação, chamado pela CNTE;
5 – Intensificar a luta pela atualização do vale-refeição e o fim do estorno no vale-transporte;
6 – Moção de solidariedade à família da professora Silvaneide Monteiro Andrade do Paraná, à APP, e a todas(os) as(os) educadoras(es) que sofrem com a sobrecarga de trabalho e a pressão psicológica nos locais de trabalho;
7 – Moção de repúdio à coordenadora pedagógica da 8ª CRE, professora Sonia Suzana Farias Weber, pela forma arbitrária como se manifestou quanto à reclamação de sobrecarga de trabalho das(os) educadoras(es), durante formação promovida pela coordenadoria;
8 – Ação de defesa das(os) educadoras(es) que estão sofrendo genocídio;
9 – Nota de apoio ao POVO PALESTINO e de EXIGÊNCIA ao Governo Lula (PT) pelo ROMPIMENTO das relações com o Estado Genocida de Israel. Chega de fome e de mortes!;
10 – Cobrar o pagamento da bolsa para professoras(es) de escolas de tempo integral com dedicação exclusiva, prevista no projeto que implementou o tempo integral mas que nunca foi pago;
11 – Pressionar a Seduc para que reveja a postura de algumas direções escolares que não aceitam atestados médicos, assegurando que as(os) trabalhadoras(es), especialmente as(os) contratadas(os), tenham o direito de acompanhar filhos, pais ou mães que convivem no mesmo domicílio em consultas e atendimentos hospitalares;
12 – Denunciar o anúncio do prefeito Anderson Mantei (PP) de municipalizar a educação em Santa Rosa, incluindo o Ensino Médio;
13 – Escancarar a realidade docente e cobrar monitoria para alunas(os) laudadas(os), em Alegrete (faltam 30);
14 – Solicitar que o governo Eduardo Leite (PSD) providencie vacinas contra a Covid-19 para as(os) educadoras(es).
Porto Alegre, 05 de junho de 2025.
Conselho Geral do CPERS/Sindicato.















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