Nesta terça-feira, dia 17, os integrantes do Conselho Geral do CPERS reuniram-se para definir as pautas de mobilização que serão votadas em Assembleia Geral da entidade, que ocorre amanhã, às 9h30min, no Gigantinho. A definição principal deliberou sobre a greve unificada com os servidores públicos estaduais, por tempo determinado. A decisão dos educadores gaúchos ocorre amanhã, durante a Assembleia da categoria. E, logo após, será levada para a Assembleia Unificada dos Servidores Públicos, às 14 horas, no Largo Glênio Peres, onde o funcionalismo público do Estado decidirá sobre a greve unificada dos servidores.
Ao iniciar o Conselho, a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, destacou que a luta da categoria, que está mobilizada junto a Coordenação Unificada dos Servidores Públicos, a qual integra mais de 40 entidades, entre elas o Sindicato, vai além da defesa do pagamento dos salários em dia e na sua integralidade. “Somos contra os PLs que estão na Assembleia e atacam os direitos dos servidores e os serviços públicos oferecidos à população, principalmente o PLC 206/2015. Além disso, o PPA reproduz a vontade política do governo em realizar um arrocho salarial como nunca vimos. Se não fizermos nada, chegaremos a 2020 ganhando menos do que 20% do nosso Piso”, observou.
Ao lembrar das Caravanas em defesa da educação pública, organizada pelo CPERS, e a Unificada dos Servidores Públicos, que percorreu algumas cidades do Estado mobilizando o funcionalismo público, Helenir destacou a importância da unidade dos servidores. “Quero agradecer a cada diretor e a cada diretora de Núcleo, bem como a cada conselheiro por termos atingido 95% da nossa categoria acolhendo as nossas orientações. O gigante está acordando novamente. Nosso Sindicato combativo e forte está mostrando de novo a que veio e amanhã mostraremos, mais uma vez, nossa força”, destacou.
Propostas aprovadas:
- Deflagrar greve, por tempo determinado, conforme indicativo da Coordenação Unificada dos Servidores Públicos, exigindo a retirada do PLC 206/2015 e outros PLs que atacam o serviço e os servidores públicos;
- Pressionar o governo por um calendário para pagar o Piso Salarial do Magistério, contemplando os funcionários de escola e os aposentados, pela PEC 41, e realizar as nomeações de professores e funcionários de escolas;
- Manter estado de greve se o governo não pagar os salários na integralidade e não retirar os PLs que atacam os servidores e serviços públicos e retomar a greve nos dias 31 de agosto, 1º, 2 e 3 de setembro, chamando para um Conselho Geral Ampliado para definir os rumos do movimento;
- Organizar visitas nas Câmaras de Vereadores para fazer pressão nos parlamentares nos dias de sessão;
4.1. Realizar panfleteação;
4.2. Realizar atos nas cidades dos deputados;
4.3. Fechar trevos;
4.4. Realizar passeatas luminosas. - Cobrar dos deputados federais e senadores, apoio à renegociação da dívida, contra o PL 131 do senador José Serra e a regulamentação da lei dos royalties do petróleo;
- Participar da 4ª Ação da Marcha Mundial de Mulheres, nos dias 26, 27 e 28 de setembro, em Santana do Livramento;
- Manter as alternativas apresentadas pelos Servidores Públicos Unificados:
7.1. Ataque a sonegação;
7.2. Renegociação da dívida;
7.3. Cobrança da Dívida Ativa de 8 bilhões; - Apoiar a luta pela reintegração dos rodoviários da empresa Carris demitidos, por liderarem a luta por segurança;
- Exigir do governo a manutenção do calendário de pagamento que existia e foi desmontado.