No final da tarde desta quinta-feira, dia 17, o Conselho Geral do CPERS definiu, através de votação, as propostas de mobilização que serão discutidas, junto à categoria, na Assembleia Geral do Sindicato, que ocorre amanhã, às 12h30, no Gigantinho, em Porto Alegre.
No início do Conselho, a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, ressaltou que este ano será ainda mais difícil que 2015, pois o governo além de continuar com os ataques contra os direitos históricos dos servidores, planeja novas ameaças. “Os projetos que o governo não conseguiu aprovar no ano passado vai tentar aprovar neste. Entre eles, está o ataque aos sindicatos e a entrega das escolas públicas as organizações sociais. Isso já ocorre em 23 escolas de Goiás. Outra grave ameaça é a militarização das escolas. Ou seja, substituir as direções por militares. Os tempos não serão fáceis para nós. Este será um ano de muita luta e resistência. Amanhã, a nossa categoria vai decidir qual será o rumo das nossas mobilizações para fazermos o enfrentamento necessário”, destacou.
Helenir também lembrou que o governo sinaliza que pode aprovar o reajuste de 8,13% para o Judiciário. “Enquanto isso, para os educadores ainda continua a pauta do reajuste zero”, frisou.
Durante o Conselho, foram escolhidos os representantes do CPERS para o Conselho Estadual de Educação. São eles: Dulce Delan (suplentes: Rozane Zan e Antonio Lima) e Marli Helena Kumpel da Silva (suplentes: Gleci Maria Hoffmann e Vera Regina da Silva Serpa).
Nesta sexta-feira, dia 18, o CPERS realiza sua Assembleia Geral, no Gigantinho, em Porto Alegre. Na ocasião, educadores de todo o Rio Grande do Sul decidirão, através de votação, quais os rumos das próximas mobilizações da categoria.
Amanhã, após a realização da Assembleia Geral, professores e funcionários de escolas seguirão, junto a Direção Central do CPERS, em caminhada até o Palácio Piratini. Durante o trajeto, representantes do Movimento Unificado dos Servidores Públicos integrarão a caminhada para juntos seguirem até o Piratini. O objetivo é o de entregar a pauta de reivindicações definida na Assembleia ao governador José Ivo Sartori.
Propostas de mobilização aprovadas
1- Construir a greve, seguindo um calendário forte de mobilização, com foco no Piso Salarial Nacional, com paralisação nos dias do calendário de mobilização. Realizar atividades semanais, marcando atividades com duração de 8 minutos e 13 segundos, correspondentes ao percentual de aumento concedido pelo governo estadual ao poder Judiciário .
-Dia 08/04: trancamento de rodovias;
-Dia 13/04: ato em defesa do IPE;
– Ato nas CRES.
2- Organizar Aulas de Cidadania;
3- Exigir a retirada das PECs 242 e 251 e dos PLs 44 e 507;
4- Promover Plenárias Regionais e Municipais para mobilizar a categoria e pressionar o governo;
5- Organizar Fóruns de discussão e defesa da escola pública nas comunidades de cada região;
6- Realizar campanha em defesa da escola pública com os seguintes eixos: Salário e remuneração, Carreira, Previdência e Saúde do Trabalhador, Condições de Trabalho e Segurança e Pedagógico;
7- Cobrar do governo a realização de avaliações funcionais e alterações de níveis do ano de 2015 e a retomada das promoções e suas respectivas publicações;
8- Realizar campanha “Fora Vieira” diante dos ataques e ameaças da Seduc a categoria;
9- Investir em mídia de rádios regionais para atacar quem ataca os educadores;
10- Pressionar as diretorias municipais dos partidos com representação na Assembleia Legislativa, cobrando posição positiva em relação às pautas dos educadores;
11- Realizar períodos reduzidos com foco no Piso e calendário de reposição salarial.