Nos dias 06 e 07, o Coletivo de Funcionários(as) da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) reuniu-se em Curitiba (PR) para debater a luta pela carreira e a formação dos(as) funcionários(as) da educação, que vêm enfrentando os retrocessos impostos pelo governo federal à pasta da Educação.
A coordenadora do Departamento de Funcionários(as) do CPERS, Sônia Solange dos Santos Viana participou do encontro representando o Sindicato.
“No passado, a nossa luta foi pelo reconhecimento, pela profissionalização dos funcionários e pela implementação do plano de carreira. Hoje, lutamos para não perder os direitos que adquirimos, contra a Reforma da Previdência e contra os ataques à educação de um modo geral. Então, devemos sair daqui com mais compreensão do nosso papel de enfrentamento aos absurdos deste governo”, pontuou o secretário de funcionários da CNTE, Zezinho do Prado no primeiro dia do evento.
Os temas Educação Política Educacional do MEC: ataques e consequências e Reforma da Previdência: efeitos para os(as) trabalhadores(as) em educação foram abordados pelo assessor da CNTE, Eduardo Ferreira. Do ponto de vista das políticas públicas, Eduardo expôs um cenário de desmonte de todos os níveis da educação, desde a educação básica até o ensino superior, com esforços sistemáticos do governo federal para privatizar o ensino, desresponsabilizar o estado e precarizar todas as relações de trabalho.
Unidade dos trabalhadores é muito necessária neste momento de retrocessos
No segundo dia do encontro (7), o debate foi sobre o cenário atual enfrentado pela classe trabalhadora.
Para Sônia, o encontro foi produtivo e extremamente necessário na conjuntura atual. A diretora destaca que a unidade é necessária não só dos profissionais da educação pública, que sofrem ataques sem precedentes na história do país, mas de todas as categorias de trabalhadoras(es) públicos e privados. “Quando o governo reduz investimentos na educação e ataca direitos previdenciários, a classe trabalhadora toda é penalizada. Vivemos num país que escolheu ser governado por um regime fascista, com um presidente insano e incompetente que, sem conhecimento de nenhuma área social, sai disparando besteiras cada vez que fala nas mídias sociais e convencionais”, analisou Sônia.
“Na maioria dos estados a situação também é muito grave e semelhante à que vivemos no RS, com salários congelados, sem concurso público, contratos precários, ameaças de terceirização, ataques aos direitos e redução de investimentos”, avaliou Sônia ao ver os relatos dos demais participantes.
“Portanto só nos resta resistir e lutar. Terminamos o coletivo com um acúmulo de experiências, com os relatos dos estados e municípios, e muita vontade de lutar! Não deixaremos matarem a esperança e a garra que nos movem”, concluiu Sônia.
Zezinho avaliou que a reunião foi um instrumento importante de reflexão e planejamento. Entre os encaminhamentos foi apontada a intenção de nomear o Coletivo com o nome “Jocilene Barboza dos Santos”, que foi uma lutadora incansável pelos direitos dos funcionários(as) da educação e que faleceu precocemente em dezembro do ano passado; como também solicitar que o próximo Encontro de Funcionários(as) seja feito no Mato Grosso, estado de origem da referida companheira.
O Coletivo reafirmou o compromisso de apoiar todas as ações da CNTE na defesa do FUNDEB com inclusão de pautas que interessam aos(as) funcionários(as), como a defesa do artigo 206, o qual prevê a criação de Piso Salarial Nacional Unificado. Também reforçaram a luta contra a Reforma da Previdência e apontaram também a necessidade de reforçar as ações de celebração do Dia Mundial do Funcionário(a) de Escola, em 16 de maio.
Informações e fotos: CNTE