A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) lançou, em abril, uma pesquisa intitulada “Juventude trabalhadora em educação”.
A proposta, que tem como parceria a Escola Nacional Paulo Freire, visa compreender o perfil e as condições de trabalho das(os) jovens professoras(es) e funcionárias(os) que atuam nas escolas públicas brasileiras, além das suas relações com os sindicatos.
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Atualmente, o quadro de associados e associadas dos sindicatos possui uma porcentagem baixa de profissionais da educação mais jovens. De acordo com a pesquisa da CNTE, isso se explica pela falta de acesso às memórias das lutas, de uma maior compreensão sobre os direitos trabalhistas, a ameaça dos gerentes e patrões, e a redução de renda pelo desconto da sindicalização – causas comuns que podem dificultar essa aproximação.
“Compreender a juventude hoje não é algo de curto prazo. Mas tê-los nos sindicatos é a garantia de que nos próximos 40 anos teremos lideranças em uma luta que não está fácil”, explica o coordenador do Coletivo de Juventude da CNTE, Luiz Felipe Krehan.
“Esperamos que, a partir dos resultados dessa pesquisa, possamos dar luz para a situação da docência no nosso país, e dos trabalhadores e trabalhadoras em educação”, destaca o coordenador do Coletivo, Bruno Vital.
A pesquisa pretende traçar o perfil dessas(es) trabalhadoras(es) em suas mais variadas formas de atuação, sejam professoras(es), funcionárias(os) de escolas, efetivas(os) ou contratadas(os) por outros vínculos empregatícios. São considerados trabalhadores e trabalhadoras jovens aqueles que estão na faixa dos 35 anos de idade.
O questionário apresenta 39 perguntas que integram quatro blocos, abrangendo características pessoais, profissionais, percepção do sindicato e cultura política. As informações são fornecidas de maneira anônima.
A partir dos resultados desse mapeamento, a CNTE tem em mente a qualificação de dirigentes sobre trabalho de base e a identificação de novos militantes sindicais.
“Que essa próxima etapa da pesquisa possa nos ajudar a alterar esse perfil da nossa categoria e trazer a juventude para a nossa profissão, com muita garra, disposição e disponibilidade para fazer valer o direito de cada cidadão e cidadãs à educação pública em nosso país, com os enfrentamentos necessários”, finaliza o presidente da CNTE, Heleno Araújo.
Fonte: CNTE