O novo presidente do IPE Saúde, Bruno Jatene, em entrevista à Zero Hora, no dia 28 de março, apontou o corte de despesas do plano médico dos servidores(as) públicos estaduais como o principal desafio da sua gestão. Segundo ele, este seria o caminho para enfrentar a grave crise financeira pela qual o instituto passa, com dívidas acumuladas em mais de R$ 1 bilhão, com hospitais e clínicas.
Jatene disse que o crescimento da receita também será perseguido, inclusive admitindo a hipótese de aumento de alíquota ou cobranças diferenciadas por risco de sinistralidade, mas somente num segundo momento.
O CPERS repudia tal estratégia, os segurados(as) não podem pagar pela falta de uma gestão séria e comprometida com o IPE Saúde. É inadmissível que a autarquia, criada em 2018, esteja no 6º presidente até o momento. Isso explicita a pouca responsabilidade do governo com o Instituto, que tem quase 1 milhão de segurados(as) e dependentes.
Vale ressaltar que, conforme a Lei 15.144 de 5 de abril de 2018, art. 28, o acervo patrimonial imobiliário do IPERGS está desvinculado do Fundo de Assistência à Saúde (FAS/RS) e foi transferido ao estado, para fins de aproveitamento e gestão do ente estadual.
O inciso 3º, da mesma lei, diz que – O Estado do Rio Grande do Sul deverá cobrir eventuais insuficiências financeiras do FAS/RS até o limite do valor dos imóveis transferidos na forma do “caput” deste artigo.
Desde o governo de José Ivo Sartori (MDB), o Estado se apropriou dos inúmeros imóveis que compunham o patrimônio do FAS/RS, nos últimos meses foram vendidos e arrecadados R$ 30 milhões desses bens. Esse valor deve ser repassado ao IPE. É responsabilidade do governo do Estado cessar a crise financeira pela qual passa o plano de saúde, visto que contribuiu para tal.
O Sindicato reforça a importância de uma gestão responsável e comprometida com a saúde e com os segurados do Instituto.
É importante salientar, que a crise financeira do IPE Saúde é de responsabilidade dos governos Sartori e Leite, que mantiveram os salários dos servidores(as) parcelados e congelados, ao longo de mais de 7 anos. Como consequência, a arrecadação do IPE Saúde ficou estagnada.
O CPERS segue na luta em defesa do IPE Saúde público, solidário e de qualidade, que atenda às necessidades de todos os segurados(as) do Instituto.