A luta segue: funcionários de escola e aposentados sem paridade merecem reajuste


Com o aval de 38 deputados da Assembleia Legislativa, o governo Eduardo Leite (PSDB) aprovou o reajuste não linear do piso salarial do magistério menosprezando os mais de 24 mil funcionários de escola e quase dez mil aposentados sem paridade.

Aos olhos cruéis do governo, estes educadores são invisíveis. Não para o CPERS!

Intencionalmente, o governo ignora que 90% dos piores salários do Rio Grande do Sul são de servidores de escola, que recebem como salário base o valor irrisório de R$ 620,75.

Igualmente, desconsidera milhares de aposentados que dedicaram uma vida inteira à educação. Impiedoso, Eduardo Leite já impôs a estes educadores o retorno do pagamento da previdência, através das mudanças no Plano de Carreira.

Desumano, ataca a estes dois segmentos inestimáveis da categoria diante de sete anos de arrocho salarial extremo, que reduziu em 52,6% o poder de compra.

 32% é um engodo

Sem pudor algum, Eduardo Leite mente para a sociedade ao afirmar que está concedendo 32% de reajuste para o magistério público estadual. A verdade que precisa chegar a população gaúcha é a de que 86% dos educadores não receberão o valor integral deste acréscimo.

De forma escalonada e injusta, o aumento salarial posto pelo governo varia de 5,53% a 32%.

Quase 34 mil professores(as) em sala de aula não receberão o reajuste total e 128.032 educadores (ativos e inativos) pagarão o aumento do próprio bolso, com a parcela de irredutibilidade, a qual, em 2019, o governo afirmou que jamais mexeria.

Dissimulado, Leite fala em avançar e transformar a educação do Rio Grande do Sul. No entanto, ataca incessantemente aqueles que fazem a educação acontecer e desvaloriza de forma vergonhosa os aposentados, que contribuíram significativamente com a história do ensino público gaúcho.

Dinheiro tem

A alegação do Executivo estadual para a exclusão de parte da categoria é a falta de recursos.

Porém, segundo estudo realizado pelo Dieese, pela nova Lei do FUNDEB, o Estado conta com um saldo financeiro de quase R$ 675 milhões. Este repasse pode ser utilizado no pagamento do salário destes servidores.

O CPERS apresentou este caminho. Porém, mais uma vez, o governo optou por desconsiderar.

A luta de um é a luta de todos

Em uma estratégia perversa, Eduardo Leite busca dividir a categoria ao conceder reajuste integral para uns, migalhas para outros e nada para os funcionários e boa parte dos trabalhadores inativos.

Tudo articulado dentro do brutal projeto de desmonte da educação, estabelecido desde o início deste governo.

O CPERS é um só! A unidade de professores e funcionários, na ativa e aposentados, é a grande força do sindicato.

Não largamos a mão um do outro. Lutamos juntos, sempre!

Não se engane, governador. Os educadores sabem que o inimigo da educação não está nas instâncias da categoria. Está no Palácio Piratini.

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