A hora é de salvar vidas e não de retirar direitos


Neste sábado, o Senado protagonizou mais um episódio da escalada de ataques ao trabalhador(a) justificada pela crise sanitária.

A pretexto de assegurar auxílio financeiro a estados e municípios, com a votação do PLP 39/2020, o parlamento aprovou o congelamento salarial dos servidores das três esferas de governo até dezembro de 2021.

Não há dúvidas de que a injeção de recursos nos entes federados é necessária diante do avanço da pandemia e da perspectiva de queda brusca da arrecadação. Mas a hora é de salvar vidas, e não de retirar direitos

No Rio Grande do Sul, o congelamento é uma realidade – mesmo sem previsão legal – desde novembro de 2014. Já amargamos perdas salariais superiores a 1/3 do poder de compra desde então. Estamos no limite da subsistência. A que ponto chegaremos em 2021?

Se o momento exige sacrifícios e empenho de todos, por que havemos de ser, novamente, os primeiros a pagar? Até quando o Brasil servirá de paraíso fiscal para sonegadores(as) e especuladores(as), com isenção de lucros e dividendos? Quando a taxação de grandes fortunas, prevista na Constituição desde 1988, será prioridade?

É urgente que o Congresso Nacional aprove leis que cobrem de quem tem mais e não daqueles que dependem única e exclusivamente dos seus salários para sobreviver.

Por um país mais justo, em defesa da vida e dos serviços públicos, conclamamos os deputados gaúchos na Câmara Federal a corrigir essa enorme injustiça na apreciação do projeto, que deve ocorrer ainda nesta semana.

Leia a nota da CNTE:
▶ As medidas de combate ao coronavírus precisam se pautar na justiça social

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Foto: Marcello Cassal Jr. | Agência Brasil

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