Preço da cesta básica cresce em todas as capitais em março, mostra Dieese


O preço da cesta básica aumentou em todas as capitais brasileiras em março, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, conduzida mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

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O Departamento registrou as maiores altas no Rio de Janeiro (7,65%), Curitiba (7,46%) e São Paulo (6,36%).

Dos 13 produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais previstos, 12 ficaram mais caros: a batata (30,64%), a banana (19,44%), no café (12,14%) o leite (11,58%), o óleo de soja (9,36%), a farinha de trigo (9,36%) o tomate (8,69%) o pão (7,11%), a carne (4,35%), o feijão (3,55%) o arroz (2,81%) e o açúcar (1,12%). A manteiga foi o único produto a registrar queda (-0,78%).

Entre as 17 capitais acompanhadas pelo Dieese, a cesta básica mais cara foi observada em na capital paulista, aos R$ 761,19. Este valor representa 67,90% do salário mínimo, de R$ 1.212,00, e indica que são necessárias 138 horas e 10 minutos de trabalho para que um trabalhador(a), que receba o mínimo legal, possa comprar o conjunto de itens.

O estudo ainda apresenta que, em março de 2022, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 6.394,76, ou 5,28 vezes o mínimo atual.

Desde que o governo de Jair Bolsonaro (PL) acabou com a política de valorização do salário mínimo, criada no governo Lula e mantida por Dilma Rousseff, ambos do PT, o valor do piso nacional se distancia cada vez mais do ideal para os trabalhadores(as) brasileiros suprirem as despesas básicas.

Em Porto Alegre, a cesta básica fechou o mês em R$ 734,28, uma alta de 5,51% em relação ao mês anterior. A capital dos gaúchos apresenta a quarta cesta básica mais cara entre as capitais pesquisadas.

Imagem destaque: Geraldo Bubniak/AEN

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